Em plena pandemia de covid-19, outro evento assustador chamou a atenção do mundo: incêndios nos arredores de Chernobil fizeram o nível de radiação no ar aumentar em até 16 vezes. As queimadas aconteceram próximas à vila de Vladimirovka, que fica dentro da zona de exclusão da antiga usina nuclear, atualmente desabitada. O fogo iniciou no sábado e, até segunda-feira de manhã, ainda não havia sido controlado.
O nível normal de radiação atual na área é de 0,14 µSv/h (microsievert por hora), enquanto a máxima permitida é de 0,5 µSv/h. Entretanto, no centro dos incêndios, a medição chegou a 2,3 µSv/h. Não há indícios de que essa radiação tenha se movimentado em direção à capital Kiev e nem mesmo a Chernobil, que segue com níveis normais de radiação. Outra medição, feita no domingo, aprontou 0,34 µSv/h, pouco abaixo do limite.
Ao todo, cerca de 20 hectares foram consumidos pelas chamas. Mais de 120 bombeiros, dois aviões e um helicóptero trabalham para conter os incêndios. A área fica dentro do perímetro de 2,5 mil quilômetros quadrados que foi desabitada após o acidente nuclear de 1986. Hoje em dia, ela é tomada por florestas, que podem gerar incêndios.
Porém, muitas queimadas são provocadas por pessoas que moram próximas à região, ainda que de maneira acidental. O serviço de inspeção ecológica da Ucrânia cobra leis mais duras para quem for pego ateando fogo no quintal, pois isso agrava as queimadas, principalmente durante o outono e a primavera.
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