Os Jogos Olímpicos de 2020, que acontecem em Tóquio, ainda não foram oficialmente adiados ou suspensos por causa da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) — o calendário permanece inalterado, com as competições ocorrendo entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano. Preocupados com a situação mundial da doença, dois países já anunciaram que não enviarão atletas ou comitivas ao torneio caso a situação permaneça a mesma.
Segundo a CNN, o Canadá foi o primeiro país a tomar uma atitude. "Apesar de reconhecermos as complexidades inerentes em relação a um adiamento, nada é mais importante do que a saúde e a segurança de nossos atletas e da comunidade mundial", afirma o Comitê Olímpico Canadense. A medida vale também para os atletas paralímpicos, já que a competição da categoria começa no final de agosto.
O comitê canadense foi seguido pela delegação da Austrália, que se reuniu por videoconferência nesta segunda-feira (23) para tomar a decisão conjunta. "Está claro que os Jogos não podem ser realizados em julho", afirma o chefe da delegação local, Ian Chesterman. Tanto os australianos quanto os canadenses defendem que as Olimpíadas sejam adiadas em um ano, para serem realizadas em julho de 2021.
E agora?
Até o momento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) só declarou que não pensa em cancelar a edição, mas já admite a possibilidade de um adiamento. Outros países devem confirmar a ausência no evento a partir desta semana, o que deve aumentar a pressão sobre o órgão para que uma decisão seja tomada mais rapidamente.
Situação parecida ocorreu com eventos de tecnologia — a MWC 2020, por exemplo, demorou a suspender a realização do evento por motivos de saúde pública, mas se viu forçada a seguir as orientações após o cancelamento da participação de várias companhias de peso.
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