Um misterioso satélite militar lançado pela Rússia há mais de 6 anos e que desapareceu em dezembro passado explodiu no espaço. A hipótese foi levantada pelo astrônomo Jonathan McDowell, que explicou a sua teoria por meio de postagens em sua conta oficial no Twitter no último domingo (12).
De acordo com o especialista, que trabalha no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, há pelo menos três probabilidades para o sumiço do equipamento, sendo a principal delas uma explosão acidental causada por combustível não utilizado nos tanques do propulsor. McDowell também especula que o satélite possa ter se desintegrado após ser atingido por lixo espacial ou ter sido destruído propositalmente. Outra hipótese é uma explosão gerada por falhas na bateria.
Em órbita desde dezembro de 2013, o satélite russo fez uma manobra súbita em 23 de dezembro de 2019, acelerando a 1,5 metro por segundo, e então desapareceu dos radares. Posteriormente, foram encontrados 10 objetos no seu lugar, categorizados como lixo espacial.
A missão é um mistério até hoje
Lançado como carga não declarada, o satélite chegou à órbita por meio do lançador Rokot, passando a atuar em conjunto com dois equipamentos lançados entre 2013 e 2015, recebendo o nome de Kosmos-2491. Ele começou a chamar atenção partir do momento em que passou a se aproximar de outros satélites, ficando a apenas poucos metros de distância deles e realizando manobras nunca antes vistas.
Alguns especialistas chegaram a classificá-lo como uma arma espacial que poderia destruir ou sequestrar equipamentos, além de espioná-los. Tal suposição fez o diretor da agência espacial russa, Oleg Ostapenko, pronunciar-se, em 2014, negando as acusações, mas sem revelar as verdadeiras funções do Kosmos-2491.
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