No dia 16 de julho talvez o mundo finalmente saiba mais sobre o que anda fazendo a Neuralink de Elon Musk: um pouco mais do que apenas "desenvolvendo interfaces cérebro-máquina com largura de banda ultralarga para conectar humanos e computadores".
Em setembro de 2018, o empresário por trás do projeto avisou que "a Neuralink terá algo interessante para anunciar em poucos meses; provavelmente, algo maior e melhor do que qualquer um imagina ser possível". E finalmente um seleto grupo de convidados (e mais meio planeta acompanhando a transmissão ao vivo) matará a curiosidade.
A Neuralink vem pesquisando uma maneira de preencher a lacuna entre a inteligência artificial (IA) e o cérebro humano. O que se espera para o evento, que acontecerá na cidade de São Francisco, é que haja ao menos uma atualização sobre o andamento do estudo que vem sendo realizado desde 2016.
We're having an event next Tuesday in San Francisco to share a bit about what we've been working on the last two years, and we’ve reserved a few seats for the internet. Apply here: https://t.co/1VQsv4gAA4
— Neuralink (@neuralink) July 11, 2019
No ano passado, Musk disse em entrevista que a Neuralink primeiro trabalharia com microcontroladores, dentro do desenvolvimento de uma tecnologia de interface cérebro-computador; ou seja, seria uma versão inicial de um laço neural. Essa, aliás, é uma das soluções para evitar um eventual domínio da máquina quando o crescimento da IA tornar a contribuição humana dispensável — esse laço neural resolveria a preocupação.
A tecnologia desenvolvida pela Neuralink permitiria, teoricamente, que uma pessoa se integrasse ao computador acessando e processando informações tão bem quanto uma IA: o cérebro humano teria uma "inteligência artificial" para chamar de sua. A interface se daria por meio de um dispositivo interno, e não externo como hoje acontece na relação homem-máquina.
Um objetivo de curto prazo da Neuralink seria avançar um degrau acima no tratamento de certos tipos de lesões cerebrais ou doenças neurológicas, como Alzheimer. Com isso, a pesquisa para a tecnologia de um implante neural avançaria até o ponto em que o cérebro humano se fundiria à IA. Não haveria, em tese, limites para o pensamento humano.
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