Descoberto em 2017, o objeto espacial Oumuamua é uma rocha interestelar com 400 metros de comprimento e tem levantado hipóteses de todos os tipos, sendo que a principal delas é que se trata de uma nave espacial alienígena. Porém, uma análise recente comprovou que o objeto não é tão estranho e que até mesmo seu comportamento peculiar pode ser explicado.
Uma das últimas especulações dizia que a rocha em forma de charuto seria algo parecido com uma vela solar; uma espécie de espaçonave alienígena que baseia sua propulsão na radiação do Sol, como se fosse um tipo de veleiro. Mas, segundo a pesquisa conduzida por Alan Fitzsimmons, da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte, e Matthew Knight, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, com um grupo de 14 cientistas, isso também não é possível.
(Fonte: ESO/M. Kornmesser)
De acordo com os pesquisadores, que publicaram um artigo na Nature no qual analisam os dados coletados do Oumuamua, não existe nada que aponte para essa direção. Um dos pontos defendidos pelos partidários dos alienígenas é que a rocha apresenta uma aceleração incomum, porém até o momento não foi possível observar qualquer tipo de jato de gás natural que indicasse isso.
O motivo para a falta de informações nesse sentido seria mais culpa da nossa limitação tecnológica do que de qualquer outra coisa. E, quanto ao comportamento do objeto em relação ao seu deslocamento, a opinião dos cientistas é que o tamanho do objeto tenha grande influência nisso.
Mais Oumuamuas
Os cientistas acreditam que na próxima década será possível ver mais objetos semelhantes a esse, pois até lá telescópios mais potentes, como o Grande Telescópio de Levantamento Sinóptico (LSST), em construção no Chile, já estarão prontos.
Quanto a esse objeto cósmico, todas as dúvidas possivelmente nunca serão solucionadas. Primeiro porque o Oumuamua está longe demais para observações detalhadas e é muito pequeno; segundo porque não se espera que ele retorne ao nosso Sistema Solar.
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