São Francisco se tornou a primeira cidade dos Estados Unidos a banir a venda de cigarros eletrônicos. A medida foi votada nesta terça (25) e agora depende apenas da aprovação da prefeita London Breed, que já se mostrou favorável à proibição. Quando entrar em vigor, no início de 2020, a legislação vai proibir a venda de cigarros eletrônicos que não tenham sido aprovados pela FDA (Food and Drug Administration), agência federal responsável pelo controle de produtos contendo tabaco.
Na prática, essa lei proibirá a venda de todos os cigarros eletrônicos disponíveis nos EUA. Como a própria FDA explicou em um documento publicado no início deste mês, todos os produtos do tipo estão sendo vendidos no país sem autorização da agência. A expectativa é que as empresas submetam suas aplicações para aprovação antes da virada do ano e garantam a continuidade das vendas.
Esse documento também serve como um guia para as companhias, contendo as informações que a agência precisa receber para aprovar os cigarros. Isso inclui detalhes como os componentes utilizados, os efeitos que eles podem ter nos usuários e até as medidas de segurança da embalagem para evitar que os consumidores entrem em contato direto com o líquido interno.
Juul critica nova medida
Quem não gostou nada do resultado da votação foi a Juul, companhia com sede em São Francisco que hoje controla mais de 50% do mercado de cigarros eletrônicos. A empresa afirma que a proibição vai incentivar mais pessoas a voltarem aos cigarros tradicionais, além de potencialmente “criar um mercado negro crescente” em busca dos produtos eletrônicos.
Para tentar evitar o banimento, a Juul está coletando as assinaturas necessárias para fazer um plebiscito em novembro perguntando aos eleitores da cidade se eles querem que a venda de cigarros eletrônicos continue liberada para maiores de 21 anos. Como a proibição cita especificamente os cigarros eletrônicos, a venda de cigarros tradicionais e de produtos com maconha não será afetada.
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