O ano começou bem para a SpaceX. Com o lançamento do Falcon Heavy, o foguete mais poderoso em operação, a empresa do bilionário Elon Musk deixou mais uma marca na história da exploração espacial e abriu novas possibilidades no transporte de pessoas e cargas para fora do nosso planeta.
Um dos cenários que pode ser alterado radicalmente devido ao novo foguete é o da mineração de asteroides. É isso que afirma o astrônomo Martin Elvis, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, durante o encontro anual da Associação Americana para Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que acontece em Austin, no estado norte-americano do Texas.
O processo de extração e transporte dos recursos naturais de asteroides é caro e complicado, por isso ele só costuma ser considerado em corpos com valor acima de U$ 1 bilhão. Além disso, eles precisam ter um tamanho mínimo de 100 metros de diâmetro e um valor baixo de delta-v, que corresponde ao esforço necessário para realizar uma manobra orbital.
Gráfico mostra possível aumento no número de asteroides que podem ser explorados.
No entanto, menos de 3% dos asteroides conhecidos se encaixam em todas essas definições. É isso que a SpaceX pode mudar, de acordo com Martin. Para o astrônomo, o Falcon Heavy seria capaz de aumentar esse delta-v mínimo em alguns quilômetros por segundo, o suficiente para acessar até 45% desses asteroides.
Por enquanto, todo o estudo está na teoria e ainda não leva em conta outros fatores que terão que ser considerados nesse processo de mineração, como possíveis regulações e o desenvolvimento de tecnologias necessárias para extração e transporte de metais. De qualquer forma, é mais um passo rumo à exploração de recursos naturais no espaço
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