O desenvolvimento da máquina de aprendizado com sistemas de inteligência artificial em nuvem vem revolucionando a tecnologia e abrindo novas possibilidades para o futuro próximo. E a Microsoft é uma das mais interessadas em novas ideias, incluindo algo que parece coisa de filme de ficção científica: controlar dispositivos somente com o poder da mente. Patentes cadastradas em maio e publicadas somente agora mostram alguns projetos a respeito.
O primeiro deles chama-se “Mudando o estado de uma aplicação com o uso de dados neurológicos”. A descrição detalha “um sistema de computador criando ou atualizando o estado da máquina através de um processo de treinamento, para alterar uma aplicação a partir da detecção de dados neurológicos”. Seria algo como você ensinar um programa a decodificar intenções simples e usá-lo como controle para mudar de utilitário.
Conceitos abordam o uso da mente para controlar o mouse ou abrir utilitários
O “Controle de movimentos contínuos operáveis utilizando dados neurológicos” propõe algo mais simples, a exemplo de alterar o volume do som do PC ou mover o mouse. “Sistemas de computadores, métodos e meios de armazenamento para gerar um controle de movimento contínuo, usando dados neurológicos para associá-lo ao controle analógico de uma interface de usuário.”
Com “Modificando a modalidade de um um dispositivo computacional baseado na atividade cerebral do usuário”, a companhia de Redmond mostra interesse em poder alterar o modo de uso de um PC — de tablet para o “modo mental”. “Uma interface de programação de aplicativos também pode expor um sistema operacional que pode obter dados identificados na modalidade selecionada por meio do classificador da máquina de aprendizado.”
Um dos projetos visa a mudança de mode de uso — de tablet para a interface cerebral, por exemplo — apenas com o uso do pensamento
Já o “Modificando a interface do usuário com base na atividade cerebral e no olhar” é algo mais próximo de headsets como as HoloLens. “Através da utilização desses dados, uma interface de usuário pode ser configurada para adequação do estado mental atual e o olhar.”
Mas... Será?
Tudo isso parece ter sido formulado com base no que já é estudado pelas equipes das divisões Surface e HoloLens, com participação de profissionais que atuam também na seção de interfaces multi-touch Perceptive Pixel. Os documentos até mesmo indicam que possa haver a discussão sobre a construção de um outro gadget, algo como uma “bandana inteligente”, capaz de identificar melhor a atividade cerebral.
As HoloLens já estão disponíveis para os entusiastas da realidade mista, mas os preços ainda são bem salgados
Como tudo que aparece em registro de patentes, por enquanto é bom tratar isso apenas como ideias difíceis de serem concretizadas no momento. Ainda que muitos dos princípios já possam ser aplicados, pelo menos em estágios iniciais, fica difícil acreditar que qualquer um deles esteja em desenvolvimento para fins comerciais.
Porém, como sonhar não custa nada, pode ser que o que parece maluquice atualmente se transforme em uma tendência ou realidade no futuro próximo.
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