A IFA 2014 chegou ao fim e, para nossa alegria, muitos smartphones (e phablets) foram apresentados aos consumidores durante o evento e no período que o antecedeu. Se a sua memória está fraca, nós listamos os principais lançamentos para dar uma refrescada: Galaxy Note 4, Galaxy Note Edge, Galaxy Alpha, Xperia Z3, Xperia Z3 Compact, Novo Moto X, Novo Moto G, Lumia 730 (e 735) e Lumia 830. Isso sem mencionar os aparelhos anunciados pela Lenovo e Huawei.
Como se não bastasse, também tivemos a aguardada apresentação da Apple em que foram anunciadas as duas versões do smartphone da companhia: o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus. Com tantos lançamentos, poderíamos pensar que não há como ficar “desamparado” ou com alguma funcionalidade não atendida. Mas não é bem assim.
O que está faltando?
É certo que os modelos estão cada vez mais avançados e completos, mas ainda sim podemos sentir falta de uma ou duas funcionalidades que gostaríamos muito de ver nos próximos aparelhos. Algumas delas, inclusive, já começaram a aparecer nos dispositivos apresentados, mas seria muito interessante se elas se tornassem um padrão para a indústria.
Do jeito que as coisas estão, é preciso escolher um recurso e abdicar de outro. Por exemplo: um smartphone à prova d’água não necessariamente oferece tecnologias excepcionais de economia de bateria. Dificilmente encontraremos um aparelho perfeito, mas se as fabricantes escutassem os consumidores talvez elas chegassem mais perto de alcançar isso.
1. Baterias melhores
O TecMundo já mostrou que este aspecto é o mais importante na hora da compra de um aparelho. Há alguns mistérios que nós, consumidores, podemos não entender muito bem, mas é certo o que mais queremos: baterias melhores e que durem mais.
É lógico que o consumo de energia aumenta à medida que os aparelhos evoluem. Mas seria pedir muito por um dia inteiro longe da tomada? Bons eram os tempos em que a bateria durava dias, quando não semanas. Hoje, se ela durar 12 horas em uso intenso já é motivo para comemorar.
Sabemos que já há recursos nativos nos smartphones que prometem estender muito a duração da bateria, mas eles não aparecem em todos os aparelhos. E, naqueles que têm essa funcionalidade, geralmente o recurso é oferecido para ser utilizado em casos extremos e quando a carga já está acabando.
O ideal seria exatamente o que consta no subtítulo: baterias melhores. Portanto, a duração e consumo de energia deveriam ser levados em conta. E não basta oferecer uma opção de “supereconomia de bateria”. Deve ser algo que já esteja ali (no aparelho) e funcionando.
2. Carregamento mais rápido e sem fio
Ainda no tema “bateria”, estes dois aspectos estão se tornando cada vez mais comuns. Porém, mais uma vez, não são detalhes que se tornaram padrões do mercado. Por mais que nossa bateria dure muito, uma hora ela precisará ser carregada. E como é desagradável ter que deixar horas e horas o aparelho recarregando.
Sem mencionar os fios. Como praticamente tudo tende a deixar de lado o uso de cabos, por que os carregadores não partem para o mesmo caminho? E não adianta oferecer esse recurso apenas para os tops de linha. Aqueles que compram aparelhos intermediários ou de entrada também gostariam muito de usufruir dessa vantagem.
3. Prova d’água e maior resistência
Esse é um aspecto que demorou a aparecer nos smartphones e parece que ainda está engatinhando. Quantos aparelhos não devem ter sido perdidos por simplesmente caírem na privada? Ou um copo virar sobre eles? Se algumas fabricantes conseguem produzir dispositivos assim, por que a indústria não adota o recurso como um padrão?
Isso sem falar na resistência de um modo geral. Na maioria das vezes, uma simples queda é o suficiente para trincar ou deixar uma bela marca na tela do aparelho. O ser humano é desastrado e isso vai continuar acontecendo. No entanto, seria bom não precisar passar pelo inconveniente de ter que pagar o preço de um novo dispositivo para efetuar a troca da peça que ficou quebrada.
4. Tradutor universal e rápido
Já faz tempo que a fronteira entre os países ficou limitada aos seus aspectos físicos e culturais. Hoje é possível, por exemplo, conversar com qualquer pessoa do mundo utilizando o aparelho celular. Porém, a barreira que ainda se mantém é o idioma. Seria interessante poder conversar com um alemão ou japonês sem se preocupar em aprender os seus respectivos idiomas.
É óbvio que isso não nos isentaria da necessidade de aprender outros idiomas para nos expressarmos com perfeição, mas uma simples troca de ideias não deveria ser impedida por uma limitação como essa. Quantas pessoas interessantes existem nesse mundo e você simplesmente não as conhece porque não consegue conversar com elas? Milhares, provavelmente.
5. Componentes modulares
Da forma como os aparelhos são disponibilizados aos consumidores, as pessoas devem escolher o desempenho do dispositivo na hora de comprá-lo. E é essa configuração que acompanhará o dispositivo até que chegue a hora de trocá-lo. Considerando a velocidade com que as coisas evoluem, esse episódio acaba se tornando cada vez mais frequente.
Não seria conveniente adquirir um aparelho que pudesse “evoluir” juntamente com toda a tecnologia? O conceito é muito semelhante ao encontrado em computadores desktop, nos quais podemos fazer upgrades de memória, armazenamento, processador etc. Mais uma vez, ideias nesse sentido já existem, mas ainda estão engatinhando.
6. Telas flexíveis
Com o crescimento das telas dos dispositivos, é comum enfrentarmos dificuldades para guardá-los em nossos bolsos. Aparelhos com displays a partir de 5 polegadas já oferecem esse tipo de problema e, mesmo que a espessura seja cada vez menor, o tamanho ainda pode incomodar.
Seria mais fácil se pudéssemos dobrar o smartphone para colocá-lo no bolso. O aparelho simplesmente ficaria com a metade do tamanho (ou algo próximo disso) e tiraria vantagem da redução de espessura, o que não o faria parecer uma carteira.
E quem sabe as possibilidades seguintes
Controlar o carro:
Desligar postes de luz:
Ou semáforos:
Alguns leitores diriam: “TecMundo, aí você já está pedindo demais”.
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É lógico que esta matéria não discutiu os avanços tecnológicos que seriam necessários para implementar os recursos mencionados. Porém, seria muito bom se as fabricantes “dessem um jeito” de entregar essas funcionalidades para que nós, consumidores, ficássemos mais felizes.
O que vocês acharam da nossa seleção? Há algum recurso ou funcionalidade que faltou mencionar em nossa lista? Deixe sua opinião no campo dos comentários!
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