A ideia de atribuir funcionalidades secundárias a telefones é antiga. Fato é que o popular termo “smartphone” foi idealizado nos idos da década de 1990 – nessa época, uma fração pequena de funções adicionais além de chamadas a outros celulares era desenvolvida por dispositivos. Hoje, mobiles com hardwares cada vez mais poderosos dão as caras mercado afora.
Mas como toda esta história começou? Cunhado no início dos anos 2000, o conceito de celulares inteligentes vislumbrou já no começo da década de 1980 seu próprio futuro. Veja a seguir dois dos aparelhos que inspiraram o desenvolvimento contínuo dos smartphones.
O conceito de telefones inteligentes
O design de telefones capazes de executar várias tarefas foi idealizado ainda no início da década de 1980. Na época, porém, levar o conceito adiante para aparelhos móveis parecia algo improvável. Criado pela companhia alemã Frog Design em 1983, o smartphone exibido pela foto abaixo é considerado um dos primeiros dispositivos que congregaram funções alternativas além da simples execução de chamadas de telefone.
O smartphone foi apresentado pela empresa europeia à Apple Computers – basta alçar os olhos sobre a imagem abaixo para que a logomarca da Maçã seja rapidamente encontrada. O acessório não foi lançado comercialmente, pois constitui-se apenas como um protótipo. Poucas tarefas eram suportadas pelo smartphone, é verdade (tais como gerenciamento de contatos, funções de agenda e, naturalmente, envio e recebimento de ligações).
O conceito de telefone inteligente foi apresentado primeiramente à Apple. Mas o primeiro dispositivo capaz de realizar funções secundárias não foi criado pela Maçã. Sob o nome de BellShouth, o aparelho considerado como o “primeiro smartphone da História” deu as caras publicamente somente em 1994 – o aparelho teve como fonte de inspiração o IBM Simon Personal Computer, conceito apresentado dois anos antes pela fabricante de mesmo nome.
O aparelho com funções de assistente pessoal (PDA) custava US$ 899 se adquirido sob a assinatura de um contrato de dois anos; o valor de US$ 1099 deveria ser desembolsado por quem desejasse possuir o smartphone “sem compromisso”. Calendários, fuso-horário mundial, agenda e recebimento de emails eram algumas das funções do IBM Simon – um cartão de memória de 1 MB ficava responsável por hospedar todos os dados.
A tela monocromática do smartphone possuía a resolução de 160x293 pixels e podia ser utilizada por meio de toques (tecnologia touchscreen). Estima-se que mais de 50 mil unidades do aparelho foram comercializadas em um ano (a produção do acessório foi descontinuada em janeiro de 1995 pela fabricante Simon).
Ericsson R380, um dos primeiros smartphones da História
O IBM Simon foi tecnicamente o primeiro smartphone criado – no início da década de 1990, porém, o termo sequer foi atribuído ao dispositivo. Comercializado sob o prefixo “smartphone”, o Ericsson R380 foi o primeiro celular inteligente da História. O aparelho foi lançado em 2000 pelo preço de cerca de US$ 700 – este foi, ainda, o primeiro mobile a rodar o OS Symbian.
Outros smartphones foram de fato lançados durante o período de ascensão do termo que faz referência a celulares inteligentes. O Ericsson R380, porém, contava com uma peculiaridade: o tamanho do telefone enquadrava-se nas dimensões padrões de mobiles tradicionais. E o smartphone era também bastante leve: enquanto o Nokia 9210 Communicator pesava 244 gramas, o acessório da Ericsson ficava restrito ao peso de 164 gramas.
Um teclado de botões tradicionais ficava disposto na parte frontal do celular; demais comandos podiam ser executados se a tampa fosse aberta (imagens acima). Calendário, agenda de tarefas, fuso-horário mundial, memorização de contatos por meio de comandos de voz e também gerenciamento de números gravados eram algumas das tarefas executadas pelo Ericsson R380 – o acesso à internet possibilitava, ainda, o envio e checagem de emails.
Vale dizer que outros mobiles inteligentes foram lançados a partir do ano 2000 – um infográfico sobre a evolução dos celulares pode ser conferido neste link; informações sobre o progresso das telas dos realizadores de chamadas portáteis podem ser acessadas aqui.
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