Você deixa que seus filhos pequenos ou outras crianças tenham acesso a smartphones ou tablets? Pois saiba que isso pode acarretar em alguns problemas de desenvolvimento – se não houver limites claros sobre o uso de dispositivos.
Um texto publicado no site do Governo Federal revela que os brasileiros passam, em média, 9 horas usando internet em tablets e smartphones. E, infelizmente, em muitos casos isso envolve as crianças, mesmo contrariando indicações da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Segundo os especialistas, o uso exagerado de equipamentos eletrônicos na infância pode implicar em algumas complicações. Acompanhe a leitura para saber mais!
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Como os dispositivos móveis atrapalham o desenvolvimento infantil?
A seguir, destacamos seis maneiras como o uso excessivo de dispositivos móveis pode atrapalhar no desenvolvimento de uma criança. Acompanhe logo abaixo:
1. Problemas de desenvolvimento cerebral
Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Assim, até completar 2 anos, uma criança tem seu órgão triplicado em tamanho.
Nesse período, os estímulos do ambiente – ou a falta deles – são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral.
Por vezes, o uso de dispositivos móveis acabam sendo prejudiciais na infância, visto que tiram a atenção da criança dos momentos importantes de seu crescimento.Fonte: GettyImages
Alguns estudos mostram que a superexposição a eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar:
- déficit de atenção;
- atrasos cognitivos;
- distúrbios de aprendizado;
- aumento de impulsividade;
- diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.
2. Obesidade
Você já deve ter ouvido alguma afirmação similar a: “as crianças do século 21 fazem parte da primeira geração de pessoas que não vão viver mais do que os próprios pais”.
Uso excessivo de smartphones e tablets ajuda a aumentar casos de obesidade em crianças.Fonte: GettyImages/Reprodução
Um dos grandes motivos para isso é a obesidade, que pode sim, estar ligada ao uso excessivo de eletrônicos. Estima-se que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras.
3. Problemas relacionados ao sono
A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar nos aparelhos.
Além das consequências psicológicas causadas por isso, é preciso lembrar que a falta de sono noturno pode gerar problemas de crescimento.
- Saiba mais: Como manter as crianças seguras na internet?
4. Problemas emocionais
Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva de tecnologia a uma série de distúrbios emocionais. Entre os mais citados pelos pesquisadores estão:
- depressão infantil;
- ansiedade;
- autismo;
- transtorno bipolar;
- psicose;
- comportamento problemático.
Crianças tendem a repetir comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referências. Logo, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva pode causar problemas de agressividade também às crianças de até 12 anos.
5. Demência digital
Psicólogos e pediatras afirmam que “conteúdos multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção”.
O excessivo uso de celulares na infância pode causar problemas de memória.Fonte: GettyImages
Além disso, a exposição causa problemas de concentração e memória. O motivo seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal, que acontece pelo mesmo motivo recém-mencionado.
Quanto tempo de tela é indicado para crianças?
A quantidade de tempo que as crianças devem passar em frente a telas é de 1 a 2 horas diárias ao depender da idade – seja de smartphones, tablets, computadores ou televisores.
Especialistas em saúde e desenvolvimento infantil recomendam que o tempo de tela seja moderado e adaptado à idade da criança, considerando também o tipo de conteúdo acessado e o equilíbrio com outras atividades importantes para o crescimento saudável.
Diretrizes por faixa etária
- Bebês (0 a 18 meses): segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), bebês com menos de 2 anos devem evitar o uso de telas, exceto para videochamadas com familiares. Nesta fase, o contato direto com os pais e cuidadores é fundamental para o desenvolvimento emocional e cognitivo;
- Crianças de 2 a 5 anos: para essa faixa etária, a SBP recomenda que o tempo de tela seja limitado a 1 hora por dia, com conteúdos educativos e que os pais acompanhem o que está sendo assistido;
- Crianças de 6 anos ou mais: não existe um limite específico, mas a orientação é manter o uso de telas moderado. A recomendação é que o tempo de tela recreativo não ultrapasse 2 horas diárias, buscando sempre um equilíbrio com a rotina diária e atividades ao ar livre.
Nesse sentido, é importante saber mais sobre controles parentais e como ajustar o uso de celulares por crianças. Aproveite para compartilhar o conteúdo com seus conhecidos nas redes sociais, e continue de olho no TecMundo para outros conteúdos de tecnologia. Até a próxima!
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Texto atualizado por Douglas Vieira, no dia 09/10/2024.