Não são apenas os telefones que mudam de forma e diminuem de tamanho com o tempo. Os chips que contêm o número do seu celular e armazenam contatos e mensagem, os chamados cartões SIM, também sofreram a ação do tempo.
No caso deles, o tamanho foi ficando cada vez menor: do miniSIM (2FF), que é o cartão convencional que você ganha da operadora ou compra em bancas de revista, para o microSIM (ou 3FF), usado em alguns aparelhos a partir de 2010 (como os iPhones 4 e 4S), até o nanoSIM (ou 4FF), o mais novo modelo de chip que foi recém-aprovado para uso.
Quem troca de aparelho para um que utilize outro padrão de cartão precisa adquirir um novo – normalmente na própria operadora e às vezes até sem custo adicional. Mas há quem prefira fugir dessa burocracia e usar as próprias mãos para fazer as alterações. Com materiais mais simples do que você imagina, é possível – e fácil – transformar miniSIM em microSIM e até em nanoSIM.
Cortes em massa
O primeiro método é também o mais fácil: basta usar um cortador especial que, quando pressionado após a inserção do miniSIM, transforma o chip em um microSIM com as medidas exatas.
(Fonte da imagem: Divulgação/UK-MobileStore)
O pacote pode ser encontrado facilmente pela internet em sites de vendas online. O preço é bastante variável, de R$ 28 a R$ 55. Além do cortador, que lembra um grampeador de papel, alguns modelos do acessório ainda contam com adaptadores que servem para fazer o processo inverso: caso você se arrependa do corte ou precise voltar ao padrão miniSIM, basta inserir o chip no “enchimento” para devolvê-lo ao tamanho original.
Só tem um problema: se você for usar o equipamento apenas uma vez, pode não valer a pena gastar tanto dinheiro no cortador. E é aqui que entram as outras opções.
Na raça
Outra alternativa para quem não está disposto a gastar com acessórios especializados é confiar nas habilidades manuais e cortar o cartão com instrumentos mais simples, como tesoura ou estilete.
Nesse caso, vale a pena estar acompanhado de uma régua, caneta e um pedaço de papel para marcar as medidas corretas: na horizontal, o microSIM deve ter 12 mm de altura e 15 mm de largura. O desenho do cartão é praticamente o mesmo – e o mais importante é preservar é a parte dourada do cartão, que deve ocupar exatamente o centro do chip.
Tenha vários chips reservas para não fazer besteira. (Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail)
Mas é bom guardar o plástico que contorna o cartão, caso você queira fazer uma gambiarra e reconstruir o chip usando as partes cortadas.
Mas isso tem um preço: pela internet, é possível encontrar alguns relatos que indicam que o chip pode apresentar defeitos (chamadas não completadas ou recebidas corretamente, por exemplo) caso seja danificado durante o procedimento. Como o material é frágil, tenha cuidado na hora de manusear o objeto cortante.
O método meio-termo
Não confia nos cortes sem o uso de equipamentos além de tesoura ou estilete, mas também não quer gastar com o cortador? Existe uma maneira “intermediária” de cortar seu cartão SIM sem correr maiores riscos financeiros e materiais.
Trata-se de outro produto, um tipo de adesivo que tem o molde exato de um miniSIM, mas que apresenta uma área de corte em que você precisa passar a tesoura – com marcações em pontilhado, exatamente como em tarefas escolares.
(Fonte da imagem: Divulgação/DiyGadget)
Como ponto positivo, além da certeza de estar cortando no ponto certo, o produto costuma custar bem menos que o cortador em sites de compras online (por cerca de R$ 6 já é possível obter um conjunto com duas unidades).
Boas-vindas ao nanoSIM
Obrigatório para o iPhone 5, o nanoSIM nasceu depois de muita turbulência. Problemas com outras empresas envolvendo o conceito do chip apresentado pela Apple só foram resolvidos quando o European Telecommunications Standards Institute (ETSI), órgão europeu que cuida do dessa regulação dos SIM e influencia os demais continentes, acabou com a briga e aceitou o novo formato.
SIM, nanoSIM e microSIM, respectivamente. (Fonte da imagem: Reprodução/Cnet)
Portanto, se você já teve dificuldades na transformação anterior, converter seu microSIM em um nanoSIM, se prepare: apesar de adicionar apenas um passo a mais, o processo é mais complicado e perigoso (para o cartão).
Isso porque, além da altura reduzida, ele precisa ficar com uma espessura levemente menor – algo que ocorreu com o nanoSIM para deixar aparelhos como o iPhone 5 ainda mais finos, uma tendência dos smartphones atuais.
Além de cortar o chip para as novas medidas (8,8 mm x 12,3 mm), é necessário utilizar uma lixa na parte traseira, a oposta dos conectores dourados que exigem o máximo de cuidados possível, para diminuir a espessura de 0,76 mm para 0,67 mm. Claro que você não deve medir algo tão pequeno, mas sim fazer o cálculo “no olho” até que ele caiba na abertura do aparelho.
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Apesar de apresentar os métodos de transformação de cartões miniSIM, microSIM e nanoSIM, o Tecmundo avisa sobre o cuidado no manuseio dos materiais de corte, além de não se responsabilizar por eventuais danos causados aos chips durante as operações.
Fontes: MercadoLivre, Cnet