(Fonte da imagem: Reprodução/Racecar Engineering)
Este ano na F1, novamente, vem se mostrando o ano da Red Bull. Desde o começo da temporada, a equipe vem vencendo com folga seus adversários. Mas a participação da empresa na última corrida, feita em Cingapura, deixou o público realmente boquiaberto: Sebastian Vettel, o líder do “time”, venceu a disputa com uma diferença de 32 segundos em comparação ao segundo colocado.
Para quem não entende o que há de incrível em uma diferença de meio minuto, o fato é que as disputas de F1 praticamente sempre são muito mais acirradas. Normalmente, a diferença entre o primeiro e o segundo lugar é de milésimos ou centésimos de segundos – uma distância na casa dos 10 segundos, por exemplo, já é absurda.
Com as informações acima, imagine só como foi surpreendente os 32 segundos alcançados por Vettel. Para muitos, algo assim simplesmente não é uma questão de mera habilidade; com isso, surgiu uma teoria da conspiração sobre a possibilidade de a Red Bull estar utilizando um sistema de tração para ajudar seus carros nas curvas, segundo o site Jalopnik.
Tração avançada
Antes de prosseguirmos, vale avisar que tudo o que diremos daqui para frente é pura especulação – uma teoria da conspiração criada por diversos fãs de F1 espalhados pela internet. Dito isso, vamos prosseguir.
Toda a ideia do sistema de tração se baseia na configuração da pista de Cingapura, que é cheia de curvas fechadas: para passá-las, um piloto precisa desacelerar seu carro consideravelmente, para então acelerar ao máximo logo ao fim dela.
O problema é que fazer algo assim pode fazer o veículo perder o controle facilmente, visto que imperfeições na pista atrapalham a estabilidade do carro com um aumento tão grande e repentino de velocidade. Mas a F1 possuía uma solução para isso, utilizando um sistema de tração computadorizado que compensava essas diferenças em cada roda. Vamos frisar o “possuía”, já que a tecnologia foi banida em 2007.
Curiosamente, o carro de Sebastian Vettel se comportou exatamente como se tivesse um sistema desses em seu veículo. Como reportado por Giancarlo Minardi em seu site, o piloto conseguiu acelerar sua máquina 50 m antes de qualquer outro, garantindo uma enorme diferença em longo prazo.
Para reforçar ainda mais essa teoria, temos dois vídeos. No primeiro (mostrado logo acima), que mostra um pequeno trecho da corrida de Cingapura, é possível perceber claramente que o carro de Vettel (o primeiro a aparecer na gravação) emite um som bem diferente de todos os outros concorrentes:
Agora, compare o som do carro de Vettel com o mostrado no vídeo abaixo. Este mostra um veículo de F1 de 2007, na época em que os controladores de tração eram permitidos. Consegue perceber a enorme semelhança?
Tração híbrida
É aqui que a história se complica de verdade. O fato é que não há como um carro da Red Bull estar utilizando a tecnologia de tração que havia sido proibida – os veículos utilizam a mesma configuração durante todo o campeonato e passam por inspeções para impedir mudanças ou irregularidades. Então, como eles teriam feito isso?
A solução, pelo que o público especula, está em um sistema de tração híbrida, que utiliza parte da força do famoso KERS para compensar o sistema de suspensão do carro. Embora ninguém saiba explicar como ele funcionaria, isso se encaixaria com perfeição na teoria e no alto desempenho de Vettel, visto que não há nenhuma regra proibindo um mecanismo desses.
Tudo isso ganha ainda mais força devido aos comentários do piloto em entrevistas anteriores. De acordo com ele, seu veículo teria um sistema secreto que o público jamais conseguirá decifrar e que traria vantagem nas pistas; além disso, Vettel comentou sobre um “controle de tração” que deve ser levado dos carros de 2013 para os de 2014. Por mais que sejam especulações, é preciso admitir que as evidências são bem fortes.
Um mistério que jamais será resolvido
Está bem, vamos considerar que a Red Bull realmente está utilizando um sistema como esses. Aí vem a dúvida: por que a companhia estaria escondendo uma tecnologia dessas?
O motivo aqui é simples: assim como o sistema de tração computadorizada foi proibido, um mecanismo como esse pode ser vetado para competições futuras (ou pior: ser copiado por todas as outras empresas). E em uma corrida em que cada vantagem faz uma enorme diferença, o melhor acaba sendo esconder seu segredo a todo o custo. Logo, é possível que jamais saberemos se toda essa teoria é verdadeira ou não.