Conforme vão ganhando espaço nas ruas e passando por testes pelo mundo afora, os carros autônomos têm encontrado uma série de dificuldades variadas que terão que ser superadas antes que eles possam realmente ser liberados para andar por todos os lugares. Já falamos aqui sobre os problemas que eles têm com pontes e a dificuldade dos governos de estabelecer leis que os abordem. Agora, parece que um novo obstáculo surgiu: gaivotas.
A empresa nuTonomy, desenvolvedora de veículos sem motoristas, começou a testar seus automóveis na cidade norte-americana de Boston no mês passado, depois de ter passado por avaliações similares em Singapura. Embora o carro tenha conseguido navegar sem problemas por mais de 160 km em um parque industrial na zona sul da cidade dos EUA, ele tem demonstrado dificuldade para lidar com grandes quantidades de gaivotas pousadas em seu caminho.
Bandos de pássaros juntos ficam parecendo um grande obstáculo para os carros
“Um pássaro normalmente é pequeno o suficiente para que o veículo presuma que ele pode ser ignorado. Mas, quando um bando deles está junto, acaba parecendo um grande objeto, então tivemos que treinar o carro para os reconhecer. Não foi uma situação que já tínhamos visto antes”, explica o CEO da nuTonomy, Karl Iagnemma. O veículo agora reage aos grupos de animais da mesma forma que um humano, diminuindo a velocidade até que eles saiam voando.
Questão de preparação
Segundo o executivo, o automóvel geralmente reduz sua velocidade quando detecta qualquer objeto não reconhecido, mas é importante ensinar o software a entender exatamente o que os pássaros são, “dando ao veículo uma capacidade melhor de prever o que vai acontecer em seguida”. Por esse motivo, a empresa constantemente alimenta o algoritmo com imagens dos animais e de outros objetos, ensinando-o a reconhecer os objetos.
O carro autônomo da nuTonomy foi testado na área industrial de Boston antes de se deparar com o problema dos pássaros
Toda a situação com gaivotas pode até ser algo que os carros autônomos não terão que enfrentar frequentemente em cidades longe do mar ou de grandes corpos-d’água, mas serve para exemplificar como cada novo ambiente pode apresentar desafios únicos para a tecnologia. Cabe às empresas que estão testando os automóveis tomar o cuidado necessário para preparar os veículos para lidar com cada obstáculo possível.
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