O primeiro carro de produção a usar um chassi monocoque de fibra de carbono, a McLaren F1 foi desenvolvida pela lenda da Fórmula 1 Gordon Murray e é movida por um poderoso BMW Motorsport V12 – que o torna o veículo com aspiração natural mais rápido a poder rodar legalmente em ruas comuns. Esses traços não são os únicos peculiares do supercarro, que também tem uma relação especial com notebooks Compaq LTE 5280 fabricados há 20 anos.
Desde o lançamento da F1 em 1992, a McLaren fabricou exatas 106 unidades do poderoso automóvel, e 100 delas ainda continuam funcionando. Além de necessitar de cuidados bastante específicos para que seus componentes físicos permaneçam em ordem, esses supercarros também dependem de aspectos exclusivos do antigo laptop para que a realização da manutenção de seus sistemas eletrônicos seja possível.
Velharia valiosa
Embora o antiquado computador possa ser encontrado por algumas centenas de dólares em serviços como o eBay, a fabricante automotiva é forçada a pagar uma quantidade significativamente maior de dinheiro para obter os aparelhos graças a apenas um componente: o chamado cartão de Acesso Condicional (CA, na sigla em inglês). A peça usa o sistema DOS do notebook para enviar respostas apropriadas a testes de segurança do veículo.
O cartão CA presente nos notebooks Compaq antigos é necessário para a manutenção do supercarro
Ainda que as McLarens F1 sejam feitas com materiais de primeira qualidade, os chips disponíveis na década de 1990 são limitados pela tecnologia que existia no período. Por esse motivo, o cartão CA serve como a única interface funcional entre o software baseado em DOS do laptop e o carro.
Com cada unidade do supercarro valendo US$ 13 milhões, o time da McLaren tem plena noção de que as F1 só continuarão sendo tão apreciadas se for possível mantê-las totalmente funcionais e tão rápidas quanto eram em 1992. Dessa forma, a empresa está desenvolvendo uma nova interface compatível com notebooks modernos para eliminar a necessidade dos Compaqs, que estão cada vez mais difíceis de serem achados e menos confiáveis.
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