Na época do carnaval, o Ministério da Justiça sempre lança campanhas relacionadas aos temas de segurança e de saúde, entretanto a campanha deste ano não foi muito bem recebida. Entre as críticas que surgiram nas redes sociais, uma delas seria de que as mensagens teriam um tom machista, além de estimular o bullying.
Uma das peças da campanha chegou a ser retirada de circulação. O cartaz mostrava duas garotas rindo de uma terceira e a mensagem: “Bebeu demais e esqueceu o que fez? Seus amigos vão te lembrar por muito tempo”.
Alguém no Ministério da Justiça bebeu antes de autorizar essa campanha #BebeuPerdeu? http://t.co/BdIqSUj9hO pic.twitter.com/kZUFekuU6D
— Antonio Luiz MCCosta (@ALuizCosta) 6 fevereiro 2015
Ao tirar a peça de circulação, o Ministério Público também deu uma declaração de que a campanha teria o objetivo de conscientizar jovens de até 24 anos sobre os malefícios do álcool e que eles teriam se equivocado ao veicular o cartaz que causou polêmica.
Nova versão, nova polêmica
A versão reformulada mostra uma folha de caderno com uma lista de tarefas para fazer no período de carnaval: maquiagem, perfume, fantasia, vodka, cerveja, tequila, enjoo, mico e ressaca.
Por incluir “mico”, a campanha foi novamente acusada de estimular o bullying e pregar que a abstinência seria a única saída. Nas redes sociais, usuários afirmam que a campanha parece botar a culpa nas vítimas de assaltos ou violência durante o carnaval.
#BebeuPerdeu então quer dizer que se eu beber e for roubada a culpa é minha e não da falta de caráter de quem me roubou?
— lola (@uwtraviolence) 15 fevereiro 2015
Alguns usuários criticam também a decisão de focar na abstinência, mesmo para maiores de 18 anos, em vez de falar sobre consumo consciente. Outros propõem que a salvação para a hashtag seria focar na lei seca, associando o #BebeuPerdeu com os acidentes causados por pessoas alcoolizadas ao volante.
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