(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
O diretor de software e aplicativos móveis da Qualcomm, Dario Dal Piaz, apresentou hoje (01), na Campus Party Brasil 6 (CPBR6), uma palestra que interessa os diversos desenvolvedores independentes de game que transitam pelo evento: como fazer o próximo jogo de US$ 1 milhão? Para responder a essa pergunta, Dal Piaz conta um pouco da sua história de mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de softwares e, principalmente, comenta sobre tecnologias que deixam jogos móveis mais atraentes no mercado.
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Para começar, Dal Piaz acredita que o recurso de partidas multiplayer ainda é pouco explorado no desenvolvimento para aplicativos móveis. A razão para isso, segundo o especialista, são as inúmeras dificuldades que esse tipo de tecnologia oferece em uma plataforma como a de smartphones, já que os jogadores estarão usando equipamentos diferentes, com configurações e sistemas distintos.
Móvel e multiplayer
Mesmo assim, Dal Piaz acredita ser importante vencer essas dificuldades e, para isso, sugere os kits de desenvolvimento fornecidos pela Qualcomm, que ajudam a agilizar esse processo. Além da possibilidade de partidas multiplayer, um game de sucesso precisa se apoiar nas capacidades de propagação das redes sociais, recursos que já são considerados fundamentais nos dias de hoje.
Realidade aumentada
Outra tecnologia que pode ser usada de maneira criativa e como forma de aumentar a receita de games é a realidade aumentada, já bastante comentada no Tecmundo. Esse tipo de interação faz com que o gamer possa levar um pouco de ficção para o mundo real. Dal Piaz também ressalta que, nos Estados Unidos e Europa, alguns estúdios estão atrelando hardwares especiais aos jogos desenvolvidos, o que gera mais uma receita para o desenvolvedor.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
Imagem e áudio de qualidade
Hoje não faz mais sentido pensar que celulares estão muito atrás dos consoles no quesito de gráficos. Grandes games 3D, com qualidade gráfica impressionante, já estão sendo jogados em smartphones do mundo todo. E como o mercado já está um bocado saturado de joguinhos com qualidade questionável, se torna muito importante se destacar visualmente dos concorrentes.
Há também um detalhe que, muitas vezes, acaba sendo deixado de lado em títulos para celulares: o áudio. Como muitos gamers dessa plataforma acabam se divertindo com o volume no mínimo, é comum que desenvolvedores independentes e até mesmo estúdios não deem atenção para a trilha sonora do game.
Porém, Dal Piaz reforça o fato de que, hoje, é possível simular áudio surround com o auxílio de plugins. Uma música marcante, segundo Dal Piaz, é uma forma de fazer com que o jogador continue pensando no game mesmo depois de ter deixado o celular de lado, já que a canção ficará na cabeça dele, mantendo-o empolgado com o título.
Com essas dicas, é possível fazer um jogo de qualidade e, com isso, fazer com que o título possa, quem sabe, atingir a tão desejada marca de US$ 1 milhão. E então, vai se arriscar a fazer o próximo "Angry Birds" do mundo?