Fotografia: qual a diferença entre câmera Compacta, Semiprofissional e Profissional?

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Amadora, semiprofissional ou profissional: qual é a melhor para você?

Você já ouviu falar em câmeras amadoras, semiprofissionais e profissionais, assim como também já deve ter encontrado os termos “compacta”, “superzoom” e ”dSLR”, não é mesmo? Na maioria das vezes, os pares “compacta – amadora”, “superzoom – semiprofissional” e “dSLR – profissional” informam bem o nível de cada uma dessas câmeras, mas os avanços tecnológicos presentes nos equipamentos atuais pode confundir um pouco essa divisão.

O Baixaki explica agora com um pouco mais de detalhes o que faz com que uma câmera seja considerada profissional ou amadora, além de alguns equipamentos que dificultam a associação de tamanho e utilização das câmeras.

Apenas para curtir

As câmeras amadoras são aquelas que oferecem a menor quantidade de opções e controles para o fotógrafo. Celulares com câmera, compactas do tipo “point & shoot” (apontar e disparar) são os principais exemplos de câmeras destinadas à fotografia sem grandes compromissos.

Sony-Ericsson Satio, celular com câmera fotográfica

Fonte da imagem: Sony-Ericsson / Divulgação

Por não oferecer os ajustes manuais que câmeras mais avançadas possuem, as câmeras amadoras são aquelas com a maior quantidade de recursos: modos de fotografia automáticos (paisagem, retrato, fogos de artifício, etc.), HDR (“high dynamic range”, ou grande alcance dinâmico), panorâmicas e foco seletivo por reconhecimento facial são apenas alguns dos exemplos mais comuns.

Essas funções são muito bacanas mas, na maioria dos casos, não são tão utilizadas quanto os fabricantes acreditam que deveriam ser. O HDR, por exemplo, é uma curiosidade que ocasionalmente vira moda e é utilizado à exaustão, mas depois que passa a sensação de novidade, tende a ser esquecido nas configurações da câmera.

Samsung ST 45, câmera compacta e amadora

Fonte da imagem: Samsung / Divulgação

Em sua maioria, as câmeras amadoras contam com lentes simples e sensores pequenos. Graças a isso, mesmo que a contagem de megapixels seja enorme – às vezes ultrapassando o valor numérico encontrado em câmeras profissionais – a qualidade da imagem não é assim tão boa. Ou seja, para postar fotos no Orkut ou enviar por email para a família, tudo certo, mas se for impressa, a imagem não será tão bonita quanto na tela do PC.

Nem pra lá, nem pra cá

As semiprofissionais formam uma categoria apenas em termos de mercado. Também chamadas comumente de “amadoras avançadas”, oferecem possibilidades não encontradas nas câmeras amadoras sem apresentar a complexidade de uso das profissionais.

Sony DSC-HX1, superzoom semiprofissional

Fonte da imagem: Sony / Divulgação

Mesmo que apresentem várias características em comum com as câmeras profissionais – ajustes manuais, sensores maiores e, em alguns casos, lentes intercambiáveis – as semiprofissionais também oferecem facilidades dos equipamentos mais simples: modos automáticos, HDR.

Ainda assim, as semiprofissionais são encontradas principalmente em um “limbo” de mercado: complexas demais para quem só quer guardar lembranças e limitadas demais para quem quer explorar as possibilidades criativas da fotografia.

Isso, claro, sem contar com a diferença de preço e também na portabilidade, já que costumam apresentar lentes maiores e serem mais pesadas – e caras – que as compactas.

Sony NEX, semiprofissional de lentes intercambiáveis

Fonte da imagem: Sony / Divulgação

Além das câmeras “superzoom”, outros modelos também podem ser considerados como semiprofissionais. As câmeras da série NEX da Sony e alguns equipamentos de formato micro-4/3, por exemplo, também se encaixam na categoria.

Coisa séria

Para a vasta maioria das pessoas, “câmera profissional” é sinônimo de dSLR. As enormes câmeras de lentes intercambiáveis, sensores poderosos e uma infinidade de ajustes são associadas instantaneamente àqueles que ganham a vida fotografando.

Canon G12, compacta de nível profissional

Fonte da imagem: Canon / Divulgação

Apesar da comparação ser bastante apropriada, existem câmeras profissionais com aparência de câmera compacta. A Canon G12, por exemplo, é uma das favoritas dos profissionais do mundo todo como “segundo corpo”  (a câmera de reserva, caso algo aconteça com o equipamento principal), e oferece qualidade de imagem comparável à de fotos obtidas com dSLRs.

Equipamentos de formato micro-4/3 e uma infinidade de outras câmeras de tamanho reduzido também podem ser consideradas profissionais, dependendo de uma série de fatores que incluem ajustes manuais, acesso a controles, tamanho do sensor e compatibilidade com formatos de imagem.

Panasonic Lumix GH2, profissional no formato micro-4/3

Fonte da imagem: Panasonic / Divulgação

Aliás, um dos parâmetros básicos para se considerar uma câmera como sendo profissional é a possibilidade de capturar imagens e armazená-las em estado bruto, o formato RAW. Qualquer equipamento atual que ofereça ajustes manuais de abertura, velocidade de obturação e permita a utilização do RAW está no caminho certo para pertencer à categoria profissional da fotografia.

Qual é o melhor?

Apesar de, instintivamente, a resposta ser “o equipamento profissional é melhor”, isso nem sempre é verdade. Chase Jarvis, famoso fotógrafo profissional, disse uma vez que “o melhor equipamento é aquele que você tem”, e fotografa muito com seu iPhone para provar este ponto. Essa frase pode ser expandida para além daquilo que você já tem, guiando também a escolha de qual equipamento comprar.

A câmera do iPhone pode ser a melhor câmera do mundo, se for a única que você tenha ao alcance.

Fonte da imagem: Apple / Divulgação

Por exemplo, se você não pretende imprimir suas fotos, que são basicamente registros de festas, baladas ou momentos dignos de nota – memórias importantes ou situações engraçadas – a câmera do seu celular é mais do que suficiente para atender à sua necessidade.

Por outro lado, quem gosta de controlar nos mínimos detalhes as imagens que produz só terá essa possibilidade com câmeras profissionais, se considerarmos o tratamento da imagem a partir do RAW como etapa desse controle.

As amadoras avançadas – semiprofissionais – servem principalmente para quem está dando os primeiros passos na fotografia mais criativa e ainda não dispõe de muito dinheiro para gastar em equipamento.

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Vale lembrar também que essa divisão em categorias é bastante subjetiva. O que um fotógrafo diz que é semiprofissional pode ser considerado amador por outro e profissional por um terceiro, sendo que o mesmo vale para qualquer classificação.

Equipamentos profissionais de altíssimo nível, como a Mamiya RZ33, são caríssimos!

Fonte da imagem: Mamiya / Divulgação

Ou seja, antes de comprar um equipamento acreditando que ele é a solução ideal para todos os seus problemas, pesquise com usuários que também têm aquela câmera, e com donos de equipamentos semelhantes para descobrir se ele realmente atende à sua necessidade.

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