No país do futebol (se é que ainda faz sentido chamar assim), é muito difícil encontrar algum gamer que nunca teve a experiência de jogar FIFA. Nos últimos anos, a franquia virou referência e ganhou força suficiente para dividir os holofotes com Pro Evolution Soccer e até ultrapassar o rival.
Como todos sabemos, o título trouxe muitas novidades neste ano, como um gameplay mais cadenciado, um modo carreira bem interessante e, é claro, o futebol feminino. Durante a BGS 2015, a EA Sports montou um estande chamado Arena FIFA, e o TecMundo Games foi até lá para conferir o local e aproveitar para bater um papo com Sam Rivera, produtor da série.
Chega de Barcelona x Real Madrid
Durante a conversa, Rivera afirmou que o desenvolvimento do novo título foi baseado em eliminar as frustrações que os jogadores tinham com as versões anteriores. Quem nunca ficou p*** da vida no modo online quando alguém, usando o Barcelona, dava a saída de bola, tocava para o Messi, que simplesmente driblava todo mundo, e fazia o gol? Isso também acontecia no caso de Cristiano Ronaldo, do Real Madrid.
É, mas isso acabou. Agora, o sistema defensivo está bem mais interessante e, com um jogo mais lento (no bom sentido), tomar a bola dos atacantes está menos frustrante.
Rivera nos conta que se olharmos atentamente aos replays, podemos ver como os jogadores de defesa conseguem preencher os espaços vazios do gramado sozinhos. "Quando estamos controlando no meio da partida é difícil repararmos nisso. Contudo, ao prestarmos atenção nos replays, notamos que a movimentação do time defensivamente está muito mais inteligente", comenta.
Outra característica que passou por um belo retrabalho foi o carrinho. Nas versões anteriores do game, não era raro vermos um jogador errar um desses e ficar "preso" no gramado ou levar um tempão para se recuperar. Já no FIFA 16, ao aplicar a manobra e errar o alvo, basta pressionar o botão novamente para que o atleta levante rapidamente e tente voltar ao lance.
Os jogadores de área não são cones
Ah, quem não odeia aquele tipo de atacante que fica esperando a bola chegar nele? O produtor nos revelou que esse era outro problema que deixava os "fifeiros" angustiados. Sendo assim, foi corrigido.
Vamos dar um bom exemplo: Ibrahimovic é um cara alto, portanto é fácil para o rapaz se dar bem no jogo aéreo. O problema é que, nos games anteriores, ele ficava esperando a pelota chegar e só se o cruzamento fosse PERFEITO é que alguma coisa poderia acontecer.
Agora, a coisa mudou. O sueco deixou de ser preguiçoso ou o sistema de reconhecimento melhorou. Bem, Rivera jura que a segunda opção é a correta. Então, vamos acreditar nele. O jogador vai até a área em que a bola provavelmente vai cair e se impõe sobre os zagueiros para tentar jogar a gorduchinha nas redes, seja com peixinhos, bicicletas, voleios, piruetas, enfim, qualquer coisa que vier à mente. Boa Ibra!
Quer ficar melhor no modo carreira? Vai treinar, rapaz!
Acabou a moleza. Quer bater faltas como Roberto Carlos ou Marcos Assunção, driblar como Neymar e fazer tantos gols quanto Ronaldo? Então, vai ter que ralar! O produtor fala com muito orgulho do novo recurso do modo carreira: o treinamento especializado.
Para melhorar certos aspectos dos jogadores, devemos lapidá-los individualmente. Enquanto o time não está jogando, é possível treinar o seu personagem em características únicas para na hora do "vamo vê" ele se dar bem. Não pense que é fácil, mas, enquanto a sua versão virtual treina, você também melhora sua habilidade no controle.
As mulheres em campo
A maior novidade deste ano em FIFA, com certeza, foi a inclusão dos times femininos. Esse fato gerou um "mimimi" no início, contudo Rivera nos conta que a reação geral dos fãs do game foi bastante positiva, depois que tiveram a oportunidade de jogar com elas e notar as diferenças, não só nas animações e modelos dos personagens, mas também nas mecânicas novas.
Apenas 12 seleções femininas estão no título. Entretanto, o produtor afirma que a intenção é aumentar esse número nas próximas versões da franquia.
Atualizações e Brasil
Mais um ponto importante é a atualização do game. De acordo com Rivera, a EA Sports tem pessoas especializadas para acompanhar o mercado de transferências e, dessa forma, manter os planteis fiéis à realidade.
Ok, sabemos que isso funciona bem com as equipes europeias, mas e nós? E o Brasil? O produtor afirma que em terras tupiniquins as coisas são mais complicadas. Os direitos de imagem dos jogadores não pertencem ao time e não existe uma entidade que cuide disso. Sendo assim, tudo tem que ser tratado direto com eles, e isso é bem difícil de fazer.
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