Uma das heroínas mais duronas dos games está de volta em uma aventura de proporções épicas no Xbox One! Rise of the Tomb Raider dá sequência ao bem-sucedido reboot de 2013, game que se transformou num marco para o gênero ao qual pertence e trouxe um senso de “survival” bastante aguçado. O título do Xbox One está com uma demonstração generosa na BGS 2015, e o TecMundo Games jogou um longo trecho para contar a vocês, com conforto e segurança, o que está por vir. Pretende esperar a versão para PS4? Acredite: dificilmente você vai aguentar.
A Microsoft fez a lição de casa e está seguindo um planejamento delineado por ela própria no ano passado em conjunto com o atual. A cartilha de uma empresa pode ser tão simples quanto complexa. Se ela seguir a planilha e entregar experiências exclusivas – ainda que temporárias – que valham o investimento, a ansiedade vai fazer mais barulho do que a sobriedade de esperar 1 ano para jogar essa coisa linda chamada Lara Croft, quer dizer, Rise of the Tomb Raider.
É interessante fazer esse retrospecto porque a Microsoft, até aqui, está cumprindo suas promessas. Títulos como Halo 5: Guardians, Fable Legends, Forza Motorsport 6, Gears of War: Ultimate Edition e Rise of The Tomb Raider podem estar nas prateleiras dos jogadores neste ano. São exclusivos de peso. E o espaço da gigante na maior feira de games da América Latina deixa a gente testar tudo isso.
Um jogo feito para o Xbox One
O primeiro aspecto notável de Rise of the Tomb Raider é a sua capacidade de extrair o que há de melhor no console da Microsoft. A demo que jogamos começa com Lara numa caverna escura, sozinha, apenas com uma lanterna. Há caveiras e escombros espalhados por todos os cantos, além de goteiras, espinhos e emblemas estampados nas paredes. O clima sombrio dos melhores momentos de Tomb Raider está aqui, intacto, só que esteticamente evoluído.
Em determinados momentos, tremedeiras assolam a caverna e geram pequenos desmoronamentos. É possível ver cada partícula de granito se esfarelando sobre Lara. A protagonista fica com a roupa suja, tomada por poeira. Quase dá para sentir o cheiro pútrido daquele local inóspito. O cabelo adquire um tom bege-claro que reflete a sujeira do lugar. A heroína fica nervosa, emite grunhidos de agonia enquanto busca uma forma de sair dali.
Nesses momentos de ligeiro terremoto, o controle do Xbox One mostra o poder de seu motor de vibração, que distribui as tremidas em diversos pontos do joystick. Os gatilhos do controle sempre foram ponto alto da ergonomia. Assim como em Forza Motorsport 6 e diversos shooters que aproveitam o recurso, aqui os gatilhos vibram na ponta do seu dedo enquanto Lara explora o subterfúgio apenas com seus instintos. A cada tremedeira, armadilha inesperada ou pulo não calculado, os gatilhos vibram de maneira a ampliar a imersão do jogador.
Demo que jogamos numa área reservada do estande da Microsoft
Tecnicamente impecável
Nota-se, desde o começo, que a equipe da Crystal Dynamics buscou explorar aquilo que o Xbox One oferece. Rise of the Tomb Raider é, muito possivelmente, o jogo que melhor usufrui do potencial técnico do console, ou pelo menos é um dos.
Os gráficos estão muito polidos. Durante toda a nossa jornada pela demo, não houve um gargalo sequer no desempenho, que pode variar entre 30 e 60 fps. Visualmente falando, o jogo é um fortíssimo candidato à estatueta da beleza. Cada detalhe foi minuciosamente observado: o cabelo de Lara balança com uma física impressionante e reage de acordo com cada ambiente, ficando pesado, sujo e até encolhido quando molhado. Não há um “bloco” para o canvas do cabelo. A equipe de programadores, aliada à do design, fez um trabalho primoroso em separar cada fio e colocá-los num “esqueleto” perfeito.
Após avançar um pouco pela caverna e descobrir alguns artefatos, passamos por penumbras que trouxeram um ótimo equilíbrio de luz e sombreamento. Em alguns momentos, a sombra de Lara adquire silhuetas tão grandes que parece haver alguém te perseguindo. A água é outro destaque: pequenas ou grandes ondas são formadas conforme os movimentos de Lara.
Exploração que segue a fórmula do game de 2013
A exploração de Rise of the Tomb Raider preferiu não abusar em mudanças gritantes e representa uma sutil evolução em comparação com o jogo de 2013. Aqui, Lara pode utilizar sua fiel picareta de escalada para abater inimigos, destruir pedregulhos ou paredes enfraquecidas e se livrar de armadilhas, entre outras utilizações. Não é exatamente uma novidade, mas sim uma melhoria ao que já foi muito bem implementado.
Após explorar a caverna por mais um tempo, ficamos perdidos. O “senso” que a heroína tinha no game anterior está de volta. Ao pressionar o analógico direito, a tela “pulsa” em preto e branco e aponta a possível localização do destino. Lara chegou até uma armadilha de espinho e utilizou sua pistola para se livrar do perigo.
Após destruir um certo paredão que estava à frente, um riacho inteiro inundou o local e colocou à prova a habilidade de Lara nas águas. À medida que o fôlego da heroína acabava, a tela esmaecia, em um belo efeito blur que decorava as cores. Conseguimos chegar até a outra ponta para constatar uma antiga tumba em ruínas.
A protagonista novamente utilizou sua lanterna, pois o local era escuro. Enquanto caminha, Lara alterna sua respiração e se mostra ofegante, exausta, dando pequenos suspiros de cansaço. Ela chegou a uma estreita passagem em que se esgueirou pela parede para conseguir passar.
Em seguida veio o combate. A cobertura melhorou bastante e “gruda” a heroína nas proteções. A mira funciona de maneira exímia e colabora com a IA dos inimigos, muito bem construída. A picareta de escalada, aliás, continua sendo a melhor opção para golpes corpo a corpo. Os QTEs são exibidos de forma cinematográfica.
Após esse trecho, Lara chegou a um desfiladeiro e olhou para o abismo, onde havia água. A personagem quase deu um “salto de fé” de Assassin’s Creed, corajosamente, para mergulhar. No fundo da água, uma parede enfraquecida é realçada para que a picareta de escalada entre em ação. Com a destruição do muro, a água se esvai e dá lugar a uma sessão de pulos e acrobacias com a heroína. A demo terminou mais ou menos aqui.
Dublado em português!
Rise of the Tomb Raider virá 100% em português brasileiro, inclusive vozes. Essa é a primeira vez que um jogo da franquia é dublado no nosso idioma. Infelizmente, a demo não tinha essa opção, mas a equipe disse ao TecMundo Games que se empenhou para entregar a melhor experiência possível no nosso portuga.
Independentemente disso, o que temos aqui é um game que acena, bem de pertinho, como fortíssimo exclusivo do Xbox One em 2015. Perder esse hype pode significar perder um dos melhores títulos da temporada. Rise of the Tomb Raider é um jogo nitidamente feito, construído e concebido para o console de nova geração da Microsoft (ainda que ganhe uma versão para Xbox 360 também).
O game sai no dia 10 de novembro, dentro de um mês, exclusivamente para a família Xbox.
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