A fabricante norte-americana Blu conta com um grande número de smartphones disponíveis no mercado. Há opções para praticamente todos os gostos, com configurações que vão desde os modelos mais simples até aqueles com hardware capaz de competir com alguns dos principais tops de linha já lançados.
Se você está em busca de um modelo intermediário, que reúna configurações razoáveis aliadas a um bom preço, uma das alternativas que você pode considerar é o Blu Life Play 2, a segunda geração no Life Play. O aparelho foi lançado no ano passado e tem sido bastante procurado pelos consumidores.
Será que vale a pena investir o seu dinheiro em mais essa novidade? O TecMundo testou e conferiu todos os detalhes do Blu Life Play 2, e a nossa avaliação sobre ele é o que você confere agora nesta análise. O smartphone Blu Life Play 2 foi cedido por empréstimo pela loja Cissa Magazine.
Design
Os aparelhos da Blu sempre se destacam pelo fato de terem um aspecto jovem e descolado. O Life Play 2 está disponível em cinco opções de cor: cinza, azul, branca, amarela e rosa. Bastante leve, o modelo conta com tela de 4,7 polegadas e, na parte frontal, praticamente não há bordas.
Nas laterais estão localizados o botão power e os controles de volume. A tampa traseira, construída em plástico, é removível e conta com uma textura que transmite a sensação de que o aparelho é emborrachado. Essa característica torna o manuseio do produto bastante agradável e faz com que a pegada dele nas mãos seja bastante firme. O aspecto de leveza se destaca nas linhas e contornos do celular.
Ao abrir a tampa traseira, é possível remover a bateria e ter acesso aos dois slots para SIM card e também à entrada para cartão micro SD. O modelo vem acompanhado ainda por dois “brindes” para o consumidor: um case transparente e uma película para proteger a tela.
Tela
Embora tenha uma resolução baixa – apenas 960x540 pixels -, não dá para dizer que o display do Life Play 2 é ruim. O resultado final é bem satisfatório, com cores vivas e bem definidas. Porém, com densidade de pixels de 235 ppi, é possível ver detalhes de pixelização em fontes e em imagens de tom único.
O nível de controle de brilho não é dos melhores, e há um espectro pequeno de variação entre os pontos de maior e menor luminosidade. Por outro lado, o índice de reflexos na tela é baixo, de forma que mesmo em ambientes bem iluminados ou sob a luz do sol você não tem problemas para visualizar o conteúdo. O nível de distorção de cores quando o celular é visto de ângulos desfavoráveis é leve e não chega a incomodar em nenhum momento.
Desempenho
A rápida evolução dos smartphones fez com que mesmo os modelos intermediários fossem suficientes para executar a maioria dos aplicativos disponíveis na Play Store. Com o Life Play 2 não é diferente, e, ao menos em nossos testes, em nenhum momento o celular nos deixou na mão por não executar apps convencionais de forma satisfatória.
A situação muda um pouco de figura quando saímos um pouco da sua proposta e executamos games que requerem maior capacidade de processamento gráfico. Em títulos como NOVA 3, por exemplo, dá pra perceber tempos de loading maiores e queda na taxa de frames. Porém, nada disso vai atrapalhar o seu desempenho durante os jogos.
Com muitos apps em execução, o sistema também apresenta leves sinais de cansaço, digamos assim. Transitar do WhatsApp para o Facebook, por exemplo, com o aparelho tendo outros processos em execução ao fundo, pode fazer com que ele dê pequenas travadas nas telas de transição. Porém, esses são comportamentos completamente gerenciáveis.
Interface
A versão do Android presente no Life Play 2 é a 4.4.2. Assim como em seus modelos anteriores, a fabricante opta por uma versão praticamente pura do sistema operacional e há modificações muito sutis na interface, especialmente nas telas de configuração. Essa característica se mostra bastante positiva, pois o consumo de RAM não sofre por conta de launchers ou processos adicionais em execução.
Da mesma forma, o aparelho quase não conta com apps adicionais além daqueles tradicionais embarcados junto com o sistema. De extra mesmo você tem apenas um explorador de arquivos, um gerenciador de processos, um gravador de som, uma lanterna e um player de música. Ou seja, mais espaço livre para você instalar aquilo que realmente importa para você.
Bateria
A duração de bateria do Blu Life Play 2 é um dos pontos em que o modelo deixa um pouco a desejar. Com apenas 1.800 mAh de capacidade, o dispositivo chega ao final de um dia de trabalho já com a carga no limite. Acredite, andar com o carregador sempre à mão é uma pedida para não ter surpresas desagradáveis no fim da noite.
Em uso moderado ele aguenta pelo menos umas 14 horas, ou seja, acompanha você desde a manhã até a chegada em casa à noite. Já quando submetemos o celular a tarefas mais estressantes, o resultado foi a exibição continua de vídeos no Netflix por pouco mais de cinco horas.
Câmera
Com 8 megapixels de resolução, esperávamos um pouquinho mais da câmera do Life Play 2. Ela é extremamente funcional, e as fotos capturadas com sua lente servem tranquilamente para muita gente. Mas há itens que não podemos deixar passar batido em uma análise mais detalhada. Mesmo quando capturadas em ambientes com boa luminosidade, as fotos apresentam um nível alto de granulação.
Essa característica pode ser percebida já na tela do aparelho, mas quando os arquivos são abertos no PC, essa situação é mais perceptível. As imagens parecem um pouco opacas e com cores pouco vívidas. Em ambientes noturnos a coisa piora um pouco, mas também dá para se virar bem com as lentes que estão presentes no aparelho. A câmera frontal é apenas regular, mas seus resultados estão dentro do esperado para o hardware.
Áudio
O smartphone Life Play 2 vem acompanhado por fones de ouvido intra-auriculares. Bastante simples, eles não têm uma qualidade de som excepcional, mas são mais do que o suficiente para suprir as necessidades da maioria dos consumidores. Quanto a isso, pode ficar tranquilo: eles são condizentes com a faixa de preço do produto.
A qualidade de áudio em si também é razoável. O aparelho conta com a tecnologia DTS Surround Sound, mas infelizmente o som não é tão alto e claro como poderia ser. Além de ser um pouco abafado, com o volume no nível máximo a distorção dos agudos é perceptível. Todavia, nada disso pode ser considerado um problema.
Vale a pena?
O Blu Life Play 2 é um aparelho bastante regular: praticamente não há nenhum ponto negativo no smartphone que possamos apontar como um empecilho para a compra. Por outro lado, ele não se destaca em nenhum quesito, se mostrando um produto funcional e bastante regular.
Vendido nas lojas brasileiras por cerca de R$ 620, o intermediário da Blu encontra concorrentes de peso pela frente que, em alguns quesitos, se saem melhor do que ele. É o caso do Motorola Novo Moto G e do ASUS Zenfone 5, por exemplo, aparelhos um pouco mais baratos e que oferecem um desempenho levemente melhor.
O ponto mais fraco é a câmera traseira, cujas fotos poderiam ser um pouco melhores. O modelo se mostra muito agradável na usabilidade do dia a dia, e manuseá-lo é uma experiência muito simpática. Com visual moderno e trazendo ainda um kit com película protetora e case plástico, o Life Play 2 pode ser sim uma boa escolha para quem está em busca de um aparelho que custe até menos do que R$ 600.
Sem dúvida, vale incluir o produto em suas pesquisas e conhecê-lo de perto nas lojas se você tiver uma oportunidade. Bom para o consumidor brasileiro, que cada vez mais tem opções interessantes nessa faixa de preço.
O smartphone Blu Life Play 2 pode ser adquirido na loja Cissa Magazine por R$ 616,30 (consulta em 07/02/15).
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