O ano de 2015 foi complicado para quem teve que decidir onde aplicar seu dinheiro. As incertezas na economia e no cenário político brasileiro deixaram o mercado financeiro muito turbulento. Desde o começo do ano até o início deste mês, o índice Bovespa, que calcula o desempenho das ações das principais empresas de capital aberto do Brasil, sofreu uma queda de aproximadamente 7%, mas os Bitcoins sobreviveram a essas adversidades.
As ações ordinárias da Vale, castigadas pelo desastre ambiental com sua controlada Samarco e pela queda de preço das commodities, caíram cerca de 42%, e os papéis da Petrobras, cerca de 2%, depois de muita instabilidade. Na linha dos investimentos que deram rendimento positivo, a poupança rendeu 7,34% no mesmo período, e o título público mais rentável foi o Tesouro IGPM+ com juros semestrais e vencimento em 2017, que rendeu cerca de 15%. Houve ainda a disparada do dólar, que apresentou alta de 44% entre janeiro e dezembro.
Contudo, nem a alta do dinheiro norte-americano foi superior à da moeda digital Bitcoin. No primeiro dia de janeiro, Bitcoins eram negociados no site Mercado Bitcoin pelo valor médio de R$ 892. Em 11 de dezembro, cada moeda foi transacionada pelo valor médio de R$ 1717, uma alta de 92% em seu valor. Diante desse cenário, o Bitcoin foi o investimento com melhor rentabilidade no Brasil no ano de 2015.
Houve também a criação de novos produtos, como o Bitcoin Investment Trust, um fundo negociado nos EUA por corretoras com o preço atrelado ao Bitcoin. Por fim, gigantes financeiros como Nasdaq, Visa e Microsoft começaram a fazer apostas na tecnologia por meio de investimentos e criação de novos produtos.
Em 2016, espera-se que a tecnologia ganhe mais legitimidade e comece a alcançar os consumidores finais. A taxa de criação de novas moedas cairá pela metade, o que deve elevar ainda mais o seu preço. O site Mercado Bitcoin tem como meta chegar a 250 mil clientes ao final do próximo ano, o que representaria a metade do número de clientes Bovespa. A startup acredita também que, no próximo ano, os pagamentos com a moeda vão se tornar uma realidade, principalmente para profissionais que prestam serviços digitais e sites de e-commerce que encontram, na moeda, um jeito rápido de receber por seus serviços e produtos, mesmo que seu cliente esteja do outro lado do mundo.
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