A Bolsa de Valores de Nova York anunciou a criação de um índice de conversão entre a moeda virtual bitcoin e o dólar americano. Não se trata da primeira instituição a publicar a taxa de conversão – a Bloomberg, a Microsoft e a Google já fazem isso –, mas essa tem o peso de uma empresa com 223 anos de tradição.
O índice estará disponível como uma das informações a compor o Índice Global da Bolsa de Nova York e, por um tempo limitado, será publicado no site da instituição. Só por curiosidade, nesta quarta-feira, 20 de maio, cada bitcoin estava saindo por US$ 233,96 (R$ 704) – alta de 0,28% em relação ao dia anterior.
"Os valores de bitcoin estão se tornando um dado que nossos clientes querem acompanhar, já que eles consideram fazer transações, conversões ou investimentos nesse ativo emergente", diz Thomas Farley, presidente da Bolsa de Nova York.
Dinheiro de respeito
A princípio, o índice será baseado nas transações da Coinbase Exchange, uma das maiores casas de câmbio de bitcoin dos Estados Unidos, que conta com mais de 2,8 milhões de carteiras, 39 mil comerciantes e 7 mil desenvolvedores. Em janeiro deste ano, a Bolsa fez parte de um investimento de US$ 75 milhões na empresa.
O bitcoin também está gerando interesse de outras instituições tradicionais. A bolsa Nasdaq, que reúne empresas de tecnologia, anunciou este mês que começou a usar um modelo de registro similar ao da moeda virtual. Já o banco Goldman Sachs fez parte de um investimento de US$ 50 milhões na Circle, uma start up que quer simplificar o uso do bitcoin.
A moeda virtual ganhou as manchetes no final de 2013, quando seu valor ficou acima de US$ 1.000. O bitcoin opera sem influência de governos ou instituições financeiras tradicionais, com taxas de transação baixas. A transferência de valores acontece entre os usuários através de operações criptografadas, autenticadas por terceiros (os chamados mineradores) e registradas em um arquivo público.
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