A Alphabet, “empresa-mãe” da Google, contratou recentemente o neurocientista e psiquiatra Thomas Insel, ex-diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, para exercer um cargo em alguma das divisões da companhia. No entanto, nem mesmo ele sabe ainda qual será sua função exatamente na companhia.
Ele palestrou durante o evento Chicago Ideas Week deste ano e lá falou um pouco sobre o que gostaria que seu novo trabalho fosse. De acordo com Insel, os índices de suicídio nos Estados Unidos nunca estiveram tão altos quanto atualmente, mas pouco se tem feito quanto a isso em comparação às pesquisas contra o câncer, doenças cardíacas ou o diabetes, por exemplo.
Por isso, ele gostaria de criar um wearable que servisse como sensor para mensurar os níveis de ansiedade e cognição das pessoas, além de registrar seu humor e estimulá-las a fazer exames periódicos. O dispositivo também poderia registrar o sono, a movimentação e até mesmo o vocabulário do usuário para tentar detectar indicadores de problemas na saúde mental da pessoa, como uma psicose ou algo similar.
Estudos comprovam que quanto mais cedo for a intervenção, melhores são as chances de se evitar que pessoas deprimidas ou abaladas psicologicamente comentam suicídio. Contudo, essa é somente uma linha de pesquisa que o neurocientista gostaria de seguir, e não necessariamente o motivo pelo qual a Alphabet o contratou.
No Gizmodo, a jornalista Annalee Newitz especula que o dispositivo poderia ser um circuito colado à pele, como se fosse um band-aid, e que enviasse os dados do usuário para a nuvem, onde poderiam ser analisados por um profissional de saúde qualificado. Uma vez que agora faz parte de uma das maiores companhia do mundo, e ainda por cima uma que investe nas mais diferentes áreas do conhecimento e do desenvolvimento humano, talvez ainda acabemos ouvindo mais a respeito da ideia do neurocientista no futuro.
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