(Fonte da imagem: Reprodução/Taringa)
Ontem (28), um time na Universidade de Tsinghua em Pequim anunciou o uso promissor de uma espécie de metal líquido para vedar a brecha entre as duas pontas de um nervo partido. Não trata-se exatamente do metal líquido completamente maleável visto no exoesqueleto do robô assassino T-1000, mas é um modo futurístico de aperfeiçoar os métodos atuais de reparação de nervos que pode prevenir deficiências a longo prazo.
O elemento é chamado de liga de gálio-índio-selênio e é um material benigno que se torna líquido quando em contato com a temperatura corporal. A ideia básica consiste no seguinte: quando um nervo é rompido, os músculos em sua extremidade distante param de se comunicar com o cérebro, ficando imobilizados e sendo levados a um potencial atrofiamento.
Para manter esses músculos ativos, sinais neurais ainda precisam ser enviados de alguma forma para além do intervalo no nervo separado para mantê-los funcionando e encaixados enquanto o nervo se cura, o que pode ser um processo bem difícil e demorado.
A Solução de Ringer
Atualmente, o método mais popular de conseguir esses sinais através da lacuna do nervo se baseia em uma soluções de sais chamada Solução de Ringer, que simula fluidos corporais. O metal parece ser uma alternativa melhor na condução de sinais vitais através do intervalo, de acordo com a pesquisa, a qual foi feita conectando um nervo ciático rompido no músculo da panturrilha de um sapo-boi.
“A Solução de Ringer não pode competir com o metal líquido no desempenho de canal funcional de recuperação”, diz o resumo do estudo, que ainda menciona entre os benefícios do elemento “fluidez favorável, superconformidade e alta condutividade elétrica”. Em outras palavras, o metal é um melhor condutor de sinais do cérebro e provavelmente funcionará melhor em cirurgia.
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
Porém, enquanto uma boa dose dessa liga saída da ficção científica parece ser uma melhor opção para a reabilitação do que a solução de sais convencional, ainda há muitos testes a serem feitos no método de cura do metal líquido, mais especificamente relacionados à segurança.
O corpo humano nem sempre aceita bem a intrusão do metal, em suas variadas formas, mas dado o sucesso das placas de metal colocadas em crânios, por exemplo, essa obviamente não é uma regra que não possa ser contornada.
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