A ecologia está em evidência nos últimos anos, seja através de documentários, passeatas e ONGs responsáveis por preservar o meio ambiente. Entre os vilões da ecologia, os carros certamente ocupam um lugar cativo, pois cada ano aumentam mais a descarga de gás carbônico no ar.
Não é à toa, portanto, que os carros elétricos estejam cada vez mais visados como uma alternativa limpa para quem mora nas cidades. Porém, carros desse tipo sofrem empecilhos como aumento de peso e tamanho, além do alto custo de fabricação e venda.
Uma nova opção
Para deixar estes problemas de lado, um novo projeto utiliza a lataria do carro como parte integrante do processo de armazenagem de energia, fazendo de portas, capô e teto não apenas itens de proteção, mas também baterias integradas.
Fonte: Volvo Cars Corporation
A lataria, atualmente feita de painéis de aço, seria substituída por nanomateriais criados da mistura de fibras de carbono e resina de polímeros (plástica). O material não reveste apenas o carro (por ser resistente e fácil de moldar), mas também armazena energia tanto da frenagem quanto do carregamento através da energia elétrica.
Cada painel é carregado com energia da tomada ou da frenagem e, de acordo com a necessidade do carro, cada um deles descarrega a energia de volta para o carro, conforme o motor elétrico é utilizado.
A estimativa é que o veículo se torne 15% mais leve do que o atual, sem a necessidade de perder espaços no motor ou no porta-malas com baterias. Com isso, o carro elétrico ganha também em potência, chegando a velocidades médias de 130 km/h.
A empreitada, organizada pelo Imperial Colllege de Londres, conta com a participação de nove empresas diferentes, entre elas a fabricante Volvo. Batizado de “Tomorrow’s Volvo Car” (o carro Volvo do amanhã), o projeto recebeu 3,5 milhões de euros e deve ser desenvolvido nos próximos três anos.