Se você vir o Electra nas ruas, vai se achar em um filme daqueles mais futuristas. Isso porque o excêntrico veículo cobre as rodas de uma maneira que passa a impressão de estar flutuando.
A criação é do designer industrial Raymundo Burgueno. Além de visualmente atraente, a lataria da parte de baixo do carro tem efeito aerodinâmico.
O ar lateral passa e é guiado até a parte de trás, onde se junta ao ar que vem da parte de cima. Alguns carros de Fórmula 1 usaram um sistema semelhante, no qual o vão da roda era coberto para melhor direcionamento do ar.
A asa é utilizada para controle de velocidade. Ela se recolhe em velocidades baixas e é erguida quando o carro está rápido, simplesmente para fazer com que o carro não levante voo.
Imagem: Raymundo Burgueno/Coroflot
O design do Electra pode esconder outra característica: trata-se de um carro elétrico. O visual pode até indicar um daqueles possantes barulhentos e sedentos de combustível, mas este carro é movido a bateria.
Os motores são do tipo in-wheel, ou seja, funcionam nas rodas, um motor para cada uma delas. A energia vem de uma senhora bateria, grande o suficiente para durar 600 milhas (cerca de 1000 quilômetros). É grande no tamanho, mas posicionada estrategicamente no centro e no máximo para baixo possível, criando assim um ótimo centro de gravidade.
Imagem: Raymundo Burgueno/Coroflot
Portanto, o design do Electra, muito mais do que visual, funciona como “braço direito” do sistema elétrico. A aerodinâmica proporcionada impulsiona o veículo, em outras palavras, evita que ele lute contra o vento, pesando menos para as baterias.