Sites mal adaptados para dispositivos móveis "sugam" a bateria mais rapidamente (Fonte da imagem: ThinkStock)
Pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, constatou que um dos recursos que mais consomem energia em smartphones é a navegação web. E, por incrível que pareça, a culpa não está no uso feito dos aparelhos, mas nos desenvolvedores para sites móveis, que abusam de tecnologias “caras” demais para a bateria do dispositivo.
De acordo com o artigo (PDF em inglês), a equipe usou uma ferramenta capaz de analisar, separadamente, cada componente do website e medir a quantidade de energia exigida por ele no navegador do Android. Entre os recursos que mais consomem bateria estão o download e processamento das folhas de estilo das páginas (CSS) e a execução de JavaScript, além do carregamento de imagens e de objetos que exigem o uso de plug-ins adicionais para funcionarem corretamente.
O Gmail foi considerado o site que menos consome energia, pois em dispositivos móveis, o serviço de correio eletrônico da Google costuma usar mais HTML do que scripts. Já o site da Apple é um dos mais “famintos” por bateria. Quanto aos anúncios encontrados nas páginas, as imagens costumam ser pequenas e no formato JPG, causando pouco impacto no consumo de energia.
Os pesquisadores esperam que, com o artigo, empresas e organizações possam adequar melhor seus sites para o mercado móvel. As descobertas permitiram, por exemplo, que o grupo reestruturasse o site da Wikipédia, fazendo com que ele consumisse 30% menos de bateria do que atualmente.