Graças à grande densidade de energia que pode ser armazenada, as baterias de íon-lítio são a escolha comum quando se faz necessário ligar um aparelho sem estar conectado a uma tomada. E isso pode ser notado desde aparelhos celulares até motores de carros elétricos.
Para diminuir as chances de uma falha (que pode gerar excesso de calor e até mesmo fogo), pesquisadores da Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo sensor que avisa com antecedência caso o sistema em questão esteja à beira de entrar em colapso. Ele é baseado em uma descoberta dos cientistas que indica que há uma relação intrínseca entre a temperatura interna da bateria e o parâmetro elétrico da célula.
“Uma temperatura interna anormal da célula é uma manifestação universal de que há algo errado com o dispositivo. Esse aumento do calor pode ocorrer em segundos. Portanto, quando algo começa a ficar errado na bateria, o tempo não está ao seu lado”, afirma Rengaswamy Srinivasan, o químico do grupo.
Ele ainda explica, de forma resumida, o funcionamento do sensor: “descobrimos que podemos medir a temperatura das camadas de proteção entre os eletrodos e o eletrólito da bateria durante o funcionamento normal. É nessa camada que os problemas catastróficos da célula começam, sendo que assim é possível prever e combater a falha antes mesmo dos sensores atuais sequer notarem que há algo errado”.
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