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Nova bateria de água salgada vai revolucionar a exploração submarina

A bateria dura até dez vezes mais e pode ser um grande aprimoramento em questões de segurança e durabilidade

Avatar do(a) autor(a): Vinicius Munhoz

schedule19/06/2017, às 13:19

Fonte: New Atlas

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Os drones aquáticos podem não ser o assunto mais cotado e badalado, mas pode ter certeza: há muita pesquisa e dedicação por trás desses aparelhos. Afinal, explorar o mar com veículos não-tripulados pode ser uma mão na roda e ter tanta utilidade quanto às versões “terrestres”. Agora, uma nova bateria pode ser um ponto-chave para a tecnologia avançar de vez.

O grande problema da exploração submarina é que, por conta da vastidão dos oceanos, é inviável que um UUV (Unpiloted underwater vehicles ou veículos subaquáticos sem pilotos) seja lançado de uma área costeira para investigar áreas no mar aberto: a bateria simplesmente não dura o suficiente para isso. Portanto, os drones devem ser levados por navios ou aviões para explorarem os oceanos.

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Porém, uma nova startup do MIT, chamada de Open Water Power, diz ter a solução para esse problema, pois eles criaram uma bateria que pode durar até dez vezes mais em baixo do mar, pois funciona de uma maneira parecida com a de um motor de um carro, mas em vez de usar o ar como oxidante, ela usa a água salgada no processo.

Com duração até dez vezes maior, a bateria também tem algumas boas vantagens

Basicamente, a bateria é feita de um anodo de liga de alumínio, de um catodo de liga de níquel e de um eletrólito alcalino no meio. Quando a água salgada entra no dispositivo, o catodo divide a água em ânions de hidróxido e gás de hidrogênio. Os ânions (íons negativos) reagem com o ânodo de alumínio para criar hidróxido de alumínio e soltar elétrons, que serão utilizados como energia do circuito.

Mais durável, mais carga e mais segura

A bateria (ainda sem nome) tem outras vantagens também em relação às baterias convencionais de íon-lítio (que são inflamáveis e, geralmente, não são transportadas por ar no caso dos drones aquáticos, que acabam indo apenas por mar). O novo produto da Open Water Power elimina esse problema e facilita a utilização dos drones.

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Além de ter capacidade de carga em até dez vezes maior do que o convencional, os pesquisadores afirmam que a nova bateria também é mais durável. A parte negativa é que, por se tratar de um componente que depende da oxidação do alumínio, esse elemento uma hora ficará corroído. A equipe diz que está ciente disso, mas rebate que é algo barato e fácil de se trocar.

A área de atuação da nova bateria é, basicamente, em qualquer equipamento marítimo, e não só em drones

Apesar de atualmente estar sendo pensada para os UUVs, o raio de utilização da nova bateira é imenso. A Marinha americana já se interessou pelo projeto e deve testar o componente em breve em sensores acústicos que servem para detectar submarinos.

Se tudo der certo na prática, companhias como a Riptide Autonomous Solutions conseguirão aumentar a distância percorrida de seus drones drasticamente, passando de 100 milhas náuticas (185 km) para 1 mil milhas náuticas (1.850 km). Porém, se tudo der certo, o campo de atuação das novas baterias será praticamente qualquer aparelho eletrônico que funcione no mar.