Os serviços de internet banda larga sempre foram um problema no Brasil. Diversas pesquisas mostram que, na maioria dos casos, as empresas prestadoras do serviço não entregam para o cliente a velocidade contratada.
Estudos mais recentes, com dados coletados em 2008 e 2009, mostram que o problema é ainda mais grave do que se pensava. Eles revelam que, entre os países em desenvolvimento, o Brasil é o que cobra as tarifas mais altas pelos serviços de telefonia (fixa e móvel) e banda larga.
Os dados de 2009 indicam que o preço médio do pacote de dados mensal ultrapassa os US$ 120 em apenas dois países: Brasil e Zimbábue. A média de preços no mundo é de US$ 46,54 por mês – considerando o custo do pacote de tráfego de 2,1 Mb.
Caiu, mas não melhorou
Embora o preço das tarifas de celular tenha caído 25% no Brasil no ano de 2009, os custos continuam elevados se comparados com os de outros países. Segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações), entre os 159 países presentes no estudo, o Brasil é o que tem a tarifa mais cara do mundo em termos de PPC (Paridade de Poder de Compra, uma espécie de taxa de câmbio de longo prazo).
Tomando como exemplo um pacote de 25 chamadas e 30 torpedos, no Brasil esse serviço é oferecido por US$ 42 por mês, aproximadamente. No México, o mesmo pacote não chega a custar U$ 15 pelo mesmo período, e na China o valor cobrado é de apenas US$1.
Por que isso é importante?
O custo elevado de serviços de tecnologia representa um obstáculo para o desenvolvimento do país. De acordo com os estudos, as autoridades deveriam levar o desenvolvimento na área de tecnologia da informação mais a sério, na estratégia de reduzir a pobreza dos países em desenvolvimento.
O incentivo à criação de microempresas ligadas ao setor tecnológico, como LAN houses, pode gerar mais lucros para o país, além de oferecer empregos à população e promover o acesso à informação para aqueles com menos recurso e educação.
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