Reservar um voo comercial e ultrapassar a velocidade Mach 2 (cerca de 2.450 km/h) era possível até 2003, ano em que o lendário Concorde encerrou suas atividades. O avião supersônico destinado ao transporte de passageiros deixou saudade e ainda hoje é objeto de adoração.
Tanto é verdade que o Club Concorde, organização formada por pilotos, engenheiros e executivos de companhias aéreas, não apenas possui uma página dedicada a “manter a aeronave viva nos corações e mentes das pessoas”; o clube quer, também, colocar o avião novamente em ativa até o ano de 2019.
Os colossos voadores não são mais fabricados e, atualmente, podem ser encontrados somente em museus. Como, então, colocar as aeronaves aposentadas novamente para funcionar? As intenções do Club Concorde são claras: basta comprar um dos aviões – sim, destes expostos em centros para exibição pública.
Paixão e muito, muito dinheiro
O primeiro alvo do Club Concorde é o avião (ou o que restou dele) que está sob a custódia do aeroporto francês de Le Bourget. Pela “bagatela” de US$ 180 milhões (ou algo em torno de R$ 716 milhões na cotação atual da moeda estrangeira), o exemplar seria adquirido, restaurado e colocado em funcionamento dentro de quatro anos.
Ele seria usado durante apresentações aéreas e poderia ser contratado por executivos "bufunfudos". E mais: turistas que estivessem de passagem pelo Rio Tâmisa, no sul da Inglaterra, poderiam apreciar outro Concorde de US$ 60 milhões (R$ 238 milhões). Acontece que o clube de apaixonados pelo avião planeja a compra de mais uma aeronave.
O preço sugerido para um jantar acompanhado de uma eventual passagem aérea junto do gigante dos ares fica em US$ 8 mil (R$ 31 mil) – se as aeronaves forem adquiridas com sucesso pelo clube, ambas poderão passar a executar voos privados.
Um entrave político
Entretanto, nem tudo são flores. Para que possam voltar a funcionar, um entrave político tem de ser solucionado. É que as operadoras Air France e British Airways, únicas empresas responsáveis pela realização dos voos até 2003, fazem questão de estampar nas caudas dos aviões suas respectivas marcas. Elas também não admitem que outra companhia aérea administre as viagens.
Pode ser, porém, que o poder de persuasão do Clube Concorde faça com que as empresas abram mão de seus contratos de exclusividade durante os próximos pares de anos.
Você toparia viajar em um avião que ultrapassa a marca de duas vezes a velocidade do som? Comente no Fórum do TecMundo
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