Viajar acomodado pelas asas de um colosso voador é uma das formas mais seguras de se locomover. Mas e se um acidente fizer com que o avião tenha de aterrissar em modo de emergência? Como salvar a vida de todos abordo? Desenvolvida especialmente para ser acionada em momentos de pânico, uma "esteira de plástico" é capaz de ser inflada em somente 6 segundos e garantir assim que a evacuação seja feita em menos de 3 minutos.
Mas como este vital acessório de segurança é fabricado? Localizada no estado de Arizona (EUA), a UTC Aerospace Systems, empresa responsável por fabricar escorregadores de emergência, destaca-se por conseguir mesclar as facilidades da engenharia mecânica ao trabalho manual refinado de seus funcionários. Acontece que as esteiras passam por um processo complexo de fabricação. Confira a seguir alguns dos detalhes:
- Um tipo especial de náilon é recortado mecanicamente por serras motorizadas;
- Até 800 peças podem compor cada um dos dois lados da esteira;
- Depois de recortados, os componentes devem ser costurados e colados manualmente;
- Uma tinta capaz de retardar inflamação por fogo recobre todas as partes vulneráveis da peça; e
- Dióxido de carbono e oxigênio são os gases que inflam o acessório.
Escorregador é capaz de resistir ao fogo por até 3 minutos.
Antes de serem liberadas aos aviões, as esteiras passam por testes minuciosos. É preciso, por exemplo, que a ativação da peça se dê em 6 segundos – o escorregador móvel precisa ficar também a 1,8 metros do chão. Importante mencionar que a esteira pode resistir por até 3 minutos mesmo quando submetida a fogo. E mais: o componente de segurança precisa ainda caber em um espaço minúsculo (praticamente como se fosse mais uma mala de viagem).
E a forma de empacotamento da esteira é também impressionante: todo o resquício de ar é retirado da embalagem por meio de sucção a vácuo; o processo todo de dobragem da "escada" pode levar até 2 dias para ser completado (detalhe: nenhuma parte do pacote pode tocar a “caixa” em que a esteira é guardada). Os escorregadores infláveis garantem uma taxa de sobrevivência de mais de 90% em casos de acidentes com aeronaves. Curioso, não?
Fontes