A Gohobby realizou nesta sexta-feira (20) o primeiro voo experimental do carro voador EH216-S no Brasil, modelo fabricado pela marca chinesa EHang. O teste, autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), aconteceu na cidade de Quadra, no interior de São Paulo.
A aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica (eVTOL) decolou por volta das 11h30 e sobrevoou o aeroclube do município, a aproximadamente 40 m de altura. Foram cerca de seis minutos no ar, no primeiro voo, e quatro minutos no segundo, com o veículo chegando a 40 km/h de velocidade, segundo a empresa.
O voo de duração curta foi feito sem passageiros.Fonte: Gohobby/Divulgação
Embora o modelo tenha capacidade para transportar duas pessoas e até 620 kg de carga útil, o voo de teste não foi tripulado nem levou cargas. No momento, a autorização dada pela agência reguladora é destinada à pesquisa e desenvolvimento, não sendo permitido o transporte de passageiros.
O carro voador utilizado no experimento é operado remotamente. O piloto, em solo, fica responsável apenas por monitorar o percurso feito pelo veículo, podendo interferir na operação, se necessário, uma vez que a rota e a altitude do voo são definidos antes de realizar a decolagem.
Voos curtos e sem poluir o ar
O eVTOL utilizado neste primeiro voo de teste no Brasil é focado na sustentabilidade, contribuindo para diminuir os danos ao meio ambiente. O EH216-S conta com um sistema de baterias independentes para alimentar os motores que oferece cerca de 30 km de autonomia, conforme a Gohobby.
A recarga completa das baterias acontece em duas horas, havendo a possibilidade de reduzir o tempo na tomada com o uso de carregadores ultrarrápidos. Outro destaque é a dispensa de aeroportos e pistas para decolagens e pousos, permitindo realizar essas manobras em áreas planas sem infraestrutura, topos de prédios etc.
Com velocidade máxima de 130 km/h, o carro voador elétrico tem preço estimado em US$ 600 mil, o equivalente a R$ 3,3 milhões pela cotação do dia. O veículo precisa de certificação no país para ser usado em voos comerciais, o que ainda não tem prazo para acontecer.
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