Vendas de híbridos e elétricos passarão carros a combustão até 2030 no Brasil , diz associação

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

09/09/2024 - 10:451 min de leitura

Vendas de híbridos e elétricos passarão carros a combustão até 2030 no Brasil , diz associação

Fonte : GettyImages

Até o ano de 2030, ao menos a metade dos veículos leves comercializados no Brasil serão elétricos ou híbridos. Essa é uma estimativa feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com o relatório, a ultrapassagem na quantidade de veículos a combustão vendidos no país acontecerá se o atual ritmo da indústria se mantiver e certas práticas de mercado se intensificarem. 

No fim da década, os modelos como carros e motos chegarão a 1,5 milhão de unidades vendidas no país. Além disso, a porcentagem comparada de modelos comercializados pode chegar até mais de 90% em 2040 para os veículos mais sustentáveis.

Longo caminho pela frente

No segmento de veículos pesados, a estimativa é um pouco diferente. Para a Anfavea, a ultrapassagem chegará a 60% em 2040, com ônibus urbanos elétricos conseguindo 50% do mercado um pouco antes, em 2035.

Na prática, tudo isso significaria "uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos".

Tendência na indústria é de maior adoção de modelos híbridos ou elétricos.
Tendência na indústria é de maior adoção de modelos híbridos ou elétricos. (Imagem: Getty Images)

Essa política é tida como bastante necessária pela entidade, já que o setor automotivo atualmente "emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil". Sem a adoção de medidas como renovação da frota e maior inspeção veicular, a tendência é de que a emissão chegue a 256 milhões de toneladas em 2040.

Ainda de acordo com a associação, agosto de 2024 foi o mês de maior volume de veículos produzidos no país desde outubro de 2019. 

A Anfavea registrou ainda 14,3% mais emplacamentos do que no mesmo mês em 2023. Produtos de origem chinesa são os mais dominantes na indústria, embora a porcentagem de importados tenha sofrido uma leve queda comparado com julho deste ano.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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