Xiaomi tem prejuízo de US$ 9,2 mil com cada unidade vendida do sedã elétrico SU7

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Imagem: Getty Images/Reprodução

Apesar do bom volume de vendas do seu carro elétrico nas primeiras semanas após o lançamento, a Xiaomi está tendo prejuízos com o modelo que marcou a sua entrada no segmento automotivo. De acordo com cálculos feitos pela Bloomberg, a gigante chinesa vem perdendo US$ 9,2 mil para cada unidade vendida do SU7.

No seu último balanço financeiro, a big tech informou perdas de US$ 252 milhões no segundo trimestre de 2024, o equivalente a R$ 1,4 bilhão. No mesmo período, referente aos meses de abril, maio e junho, ela entregou apenas 27.307 unidades do sedã elétrico.

O sedã elétrico da Xiaomi pode rodar até 830 km com uma carga. (Imagem: Getty Images)O sedã elétrico da Xiaomi pode rodar até 830 km com uma carga. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Como cada SU7 é vendido por cerca de US$ 30 mil (R$ 166 mil), preço já convertido da versão mais básica, é possível dizer que a montadora perdeu, em média, o equivalente a R$ 51 mil por unidade, como observa a publicação. O cálculo foi baseado no prejuízo divulgado durante o período.

Mesmo com as perdas registradas, a Xiaomi disse que a margem de lucro bruto foi maior do que a prevista para o segundo trimestre, chegando a 15,4%. A empresa também tem trabalhado em turno duplo na sua fábrica para entregar mais de 10 mil carros a cada mês.

Quando a Xiaomi terá lucro com o SU7?

Estima-se que seja necessário vender de 300 mil a 400 mil unidades por ano para que a gigante chinesa passe a ter lucro com seu carro elétrico, conforme cálculos feitos na época do lançamento do sedã. Mas isso ainda pode demorar a acontecer, pois a montadora prevê vendas de 260 mil veículos anuais apenas a partir de 2026.

Nos próximos anos, a Xiaomi pretende investir “dezenas de bilhões de dólares” em sua divisão automotiva, se transformando em uma das maiores marcas do segmento. A ideia da companhia é disponibilizar o SU7 como alternativa aos carros da Tesla, mas com custos adaptados à renda dos chineses.

A fabricante também tem planos de ampliar o seu portfólio, comercializando diferentes modelos movidos a energia. Especula-se que a próxima adição será um SUV elétrico, embora a montadora não confirme.

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