(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
No último dia 25 de dezembro, ocorreu um ataque hacker à Strafor, uma empresa de inteligência global, sendo responsáveis pelo roubo de milhares de números de cartões de crédito e informações pessoais de clientes. Os envolvidos também alegaram ter obtido a lista de consumidores confidenciais da companhia.
Houve também o roubo de uma grande soma de dinheiro dos clientes, que foi doada para entidades de caridade, como a Cruz Vermelha e a CARE. A Stratfor anunciou o roubo e a invasão em seu Facebook e Twitter, embora tenha negado que a sua lista de clientes confidenciais tenha sido um dos itens divulgados pelos hackers.
A operação foi anunciada no dia de Natal, em uma postagem no Pastebin entitulada LulzXmas e foi atribuída a organização hacker conhecida como Anonymous. Agora, passados alguns dias do incidente, a Anonymous relata que essa foi uma atividade da AntiSec e não foi conduzida por eles em momento algum.
Anonymous nega a paternidade do crime
Na terça feira, dia 27, um representante da Anonymous, Barret Brown publicou uma mensagem afirmando que a invasão à Stratfor tinha como objetivo apenas a obtenção de 2,7 milhões de emails em seus servidores, em vez das informações obtidas. A ideia, segundo ele, era investigar uma suposta aliança contra o movimento de liberdade de informação.
Logo após a publicação do ataque, já houve outra publicação no Pastebin no qual era especificado que a Anonymous não foi a responsável pelo ataque à Stratfor. Essa suposta “confusão” ocorrida entre as ramificações da Anonymous certamente está no fato de eles não formarem um grupo organizado.
(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)A Anonymous e suas derivadas (como a LulzSec e AntiSec) possuem uma espécie de organização interna entre os grupos, de certa forma. Eles não compõem um grupo com liderança firme, apenas compartilham os mesmo ideais, o que também não significa que utilizem os mesmos métodos e almejem os mesmos alvos.
Logo, não é realmente de se espantar que a organização principal – a Anonymous no caso – não tenha coordenado tal ataque por parte da AntiSec. Ainda mais porque um ataque desse tipo não leva a um protesto com um propósito real, visto que as organizações de caridade certamente terão que devolver as doações involuntárias.
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