De acordo com o Bloomberg, pelo menos 12 grupos liberais e progressistas dos EUA se tornaram alvos de hackers. No caso, os grupos estão sofrendo tentativas de extorsão de cibercriminosos que teriam alguma ligação com a Rússia. O Bloomberg afirma que a informação foi entregue por fontes da segurança privada e do próprio FBI.
2016 foi palco do vazamento dos "Podesta Emails", via WikiLeaks
O hackers black hat se aproximam do grupo por meio de uma tática antiga: roubam dados de emails ou de nuvem e pedem um valor X para não vazar as informações na internet. Os valores, de acordo com as fontes, variam entre US$ 30 mil (R$ 93 mil) chegando até US$ 150 mil (R$ 467 mil) — e seriam pagos via Bitcoins.
Vale notar que, durante a corrida presidencial em 2016, o Partido Democrata dos EUA sofreu um grande vazamento de emails — o que deixa essa história mais plausível; confira aqui.
Apesar do relato indicar que vários grupos estão sofrendo extorsão, o Bloomberg cita apenas dois: o Center for American Progress e o Arabella Partners.
O urso acolhedor?
Ao que parece, as ligações indicam que o grupo hacker por trás da ação é o Cozy Bear. Informações passadas mostram que o Cozy Bear pode ter conexões com a inteligência russa.
A suspeita surgiu porque os cibercriminosos utilizaram técnicas comuns ao grupo supracitado, segundo especialistas.
A Rússia nega qualquer ligação
John Hultquist, diretor de análise de ciberespionagem na FireEye, comentou o seguinte sobre o caso: "Eu seria cauteloso ao concluir que isso tem qualquer tipo de apoio do governo russo". Contudo, Hultquist também alega que "os hackers russos tem mirado organizações políticas de maneira agressiva, e até mascararam operações de ransomware; mas sempre é possível que isso seja apenas um ato de intimidação".
As autoridades russas, como sempre, negaram qualquer tipo de ataque hacker ou influência no resultados das eleições norte-americanas.
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