De acordo com a Bloomberg, o mundo das telecomunicações pode, muito em breve, levar uma bela chacoalhada graças a uma parceria que pode dar origem a um verdadeiro titã nesse segmento que combina tecnologia, entretenimento e informação. Isso porque algumas fontes anônimas do portal afirmam que a AT&T deu início a conversas e reuniões estratégicas para a compra da Time Warner e de todo o seu repertório de empresas, serviços e produtos.
Ao que parece, toda a discussão ainda está em estágio inicial, mas, independentemente disso, deixa claro as intenções da tele em se manter competitiva – seguindo os passos de concorrentes com a Comcast, que adquiriu a rede NBCUniversal em 2010. Claro que toda a operação deve passar ainda por longas etapas de avaliação, tanto do próprio relacionamento entre as duas corporações quanto de consultores financeiros para bater o martelo em cima do preço de uma aquisição desse porte – sem falar da aprovação da Justiça norte-americana.
Catalógo de marcas da Time Warner é absurdo!
Se a empreitada realmente se concretizar, a AT&T pode ter em mãos os ingredientes ideais para se tornar uma gigante ainda mais expressiva no mercado de entretenimento e cultura. Ainda que a Time Warner Cable não esteja incluída no pacote, o acervo de marcas da Time Warner Inc. é de dar inveja aos competidores e, muito provavelmente, condensa boa parte do material que você consome diariamente na TV e na internet.
Por que apenas distribuir se você pode ser dono de tudo, não é mesmo?
Duvida? Bem basta dizer que a companhia é dona de nomes como HBO, Cinemax, TBS, TNT, CNN, HLN, Cartoon Network, Adult Swim e truTv – além de operar alguns sites bastante populares nos EUA, como os da PGA, NBA, NCAA, DC Comics, DC Nation e TMZ. A ideia é que esse conteúdo – somado à compra da DirecTV – faça com que a AT&T dispare ainda mais na primeira posição do setor de TV à cabo e ganhe controle sobre boa parte de sua grade de programação. Afinal, por que apenas distribuir se você pode ser dono de tudo, não é mesmo?
Competição acirrada
Partindo do princípio que a AT&T pretende aproveitar a força da marca DirecTV para entrar de vez no ramo de streaming – criando uma versão totalmente online e sem exigência de assinaturas anuais, antenas para recepção de sinal via satélite e outras burocracias dos pacotes convencionais –, é de se imaginar que a concorrência com a Netflix seja iminente. Além disso, a queridinha dos internautas pode ver a programação original da família Time Warner Inc. subindo de preço ou sendo retirada completamente do serviço.
A Netflix pode sofrer com a junção das empresas?
O projeto da empresa de telecomunicações parece tão sério que faz com que analistas acreditem que, caso a Warner não aceite a proposta da empresa, a AT&T vai bater na porta de outras produtoras de conteúdo. E aí, será que vamos sentir o efeito dessa possível empreitada aqui no Brasil, em 2017?
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