Apesar de Marte ser o principal destino da NASA nas missões dos próximos cinco anos, Vênus é um planeta que fica mais próximo do nosso, além de ser mais similar (ou melhor, menos diferente) em tamanho, densidade e composição química. Por isso, por que não enviar espaçonaves tripuladas para lá em vez do Planeta Vermelho?
É a resposta para essa pergunta que a agência espacial busca atualmente, segundo o IEEE Spectrum. A pressão de 92 atm e a temperatura de quase 500 °C são obstáculos que devem ser levados em conta, mas a exploração não precisa acontecer exatamente na superfície. Segundo um novo estudo conceitual de um dos laboratórios do Langley Research Center, existe a possibilidade de construirmos verdadeiras cidades artificiais que fiquem apenas sobrevoando os céus do planeta.
A partir de energia solar, bem mais aproveitável lá do que em Marte, essas cidades permitiriam a exploração da atmosfera do planeta sem muitos problemas. A temperatura seria somente um pouco acima da maior registrada na Terra ("gerenciável", segundo o estudo) e a exposição à radiação do Sol seria mínima. Os pontos positivos não param: uma missão levaria ao todo 440 dias, incluindo as viagens de ida e volta e um mês terrestre de coleta e estudo no local — metade do tempo gasto para explorar o Planeta Vermelho.
O projeto seria iniciado com o envio de um robô ao planeta para confirmar se as condições são tão positivas assim. A fase final envolve soltar um zepelin tripulado de 130 metros de comprimento para circular tranquilamente pelos céus de Vênus.
Aterrissar seria bem mais difícil e suportar os ventos e o calor do local são desafios que ainda não têm solução, mas os cientistas de Langley parecem dispostos a transformar esse "plano B" em uma das possibilidades de colonização espacial da humanidade. Por enquanto, tudo não passa de um estudo conceitual.
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