Astronautas que participaram da simulação apresentaram distúrbios do sono (Fonte da imagem: Mars500)
Em 2011, uma tripulação composta por seis astronautas participou de uma simulação de 520 dias em Marte. O objetivo desse exercício foi o de avaliar as condições psicológicas da equipe ao passar por um período tão longo de confinamento. Agora, alguns resultados sobre a experiência começam a ser divulgados e, a princípio, não são lá muito bons: a maior parte dos astronautas passou a dormir mal e a ficar mais sedentária à medida que a missão progredia.
Todos os astronautas tiveram dispositivos acoplados aos pulsos que mediam tanto a movimentação de cada um deles quanto a luminosidade à qual estavam expostos. Com base nos dados coletados, os pesquisadores perceberam que, apesar de passarem a dormir por mais tempo, os tripulantes tiveram uma qualidade de sono tão ruim que chegou a causar danos ao ciclo do sono dos voluntários.
Distúrbios causariam danos em viagem real
Embora esses sintomas não tenham sido problemáticos demais na simulação, eles poderiam levar a problemas físicos em uma viagem real para Marte. Em entrevista para o site Space.com, o pesquisador David Dinges afirma que “em ambientes de microgravidade, que não foram simulados, você pode sofrer perda de músculos e ossos caso não se exercite, além de descondicionar o músculo cardiovascular de maneira grave, tornando mais difícil a conclusão da missão”.
Por enquanto, ainda não há solução para esses problemas, mas cientistas acreditam que alterar a intensidade e cor da iluminação interior durante o dia pode causar um impacto positivo no ciclo circadiano e manter os voluntários mais alertas.
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