O processo de coleta (Fonte da imagem: BBC News)
A sonda Curiosity recolheu o primeiro bloco de terra do solo de Marte para análise. O processo ocorreu em duas etapas: a coleta do material e a preparação para efetuar os testes (na qual a rocha foi esmagada). Em seguida, os detritos foram aplicados no instrumento chamado “CheMin” (que serve para analisar a composição química e mineral).
De acordo com John Gortzinger, um dos cientistas envolvidos no projeto, “o CheMin utiliza um método muito mais correto e minuscioso do que qualquer outro empregado para a análise anteriormente”. Ainda segundo Gortizinger, “a identificação segura dos minerais é importante para analisar as condições nas quais eles foram formados”.
Amostra processada para a análise (Fonte da imagem: BBC News)
Na prática, o instrumento é capaz de fazer uma identificação mineral precisa por meio de difração de raios x. Assim, é possível reconhecer e quantificar os componentes minerais presentes no material rochoso “engolido” pela Curiosity. Ainda assim, o time da NASA envolvido no processo de coleta da amostra temia que pudesse haver contaminação.
Isso poderia ter ocorrido por haver algum vestígio de solo terrestre restante dos testes feitos antes de enviar a Curiosity para Marte. Por isso, foi criada uma rotina de “limpeza” durante o procedimento: a sonda deveria coletar duas amostras e depositá-las em câmeras de processamento apropriadas para remover qualquer tipo de detrito “intruso” que pudesse estar presente no conteúdo.
Amostra que foi descartada por receio de contaminação. Posteriormente, os cientistas acreditaram que ela não estava de fato contaminada (Fonte da imagem: BBC News)
Ainda assim, houve o descarte de uma amostra, julgando que ela estivesse contaminada. No entanto, os engenheiros da NASA já receberam a confirmação na última quinta-feira de que o material recentemente coletado foi aceito pelo instrumento de medição. Agora, basta esperar os detalhes da análise, que devem estar disponíveis na próxima semana.
Fonte: BBC News
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