Míssil que pode ficar seis horas sem ser identificado é capaz de transformar pessoas em alvos [vídeo]

Já pensou como seria perigosa a existência de uma arma em que o tempo entre o disparo e o impacto fosse de algumas horas? Embora o senso comum tente nos enganar dizendo que esse tipo de coisa não serviria para nada, bastaria algum grupo terrorista ter acesso a esse tipo de tecnologia, por exemplo, para realizar ataques sem deixar na cara quem foi o autor da investida. Sem a reação momentânea, é quase impossível identificar de onde veio a ação.

Pois esse tipo de armamento existe e responde pelo nome de Fire Shadow. Fabricado pela MBDA, trata-se de uma espécie de máquina não tripulada capaz de permanecer no ar por até seis horas antes de atingir seu alvo. Durante todo esse tempo, ele permanece fora do alcance de radares, apenas aguardando a coordenada de ataque.

A empresa responsável por sua criação afirma que o equipamento é altamente preciso e barato, o que pode fazer dele uma arma bastante popular no futuro. Mais do que isso, não é preciso nem mesmo uma base de lançamento ou qualquer coisa mais elaborada, já que qualquer soldado pode disparar o Fire Shadow do solo — isso não quer dizer, no entanto, que ele seja fácil de operar, já que pesa cerca de 200 quilos.

Além disso, a MBDA diz que o míssil pode ser usado em praticamente qualquer tipo de terreno, o que inclui áreas urbanas. Assim, ordenar um ataque a redes de fornecimento de energia ou até mesmo outros pontos estratégicos não deixa de ser uma possibilidade tenebrosa.

A empresa também alega que o Fire Shadow é capaz de identificar alvos menores, como pessoas ou veículos específicos. O vídeo acima exemplifica um pouco disso.

Para quem acha que a arma só estará disponível nas guerras do futuro, eis uma notícia alarmante: os primeiros testes com esse tipo de tecnologia aconteceram em 2010 e obtiveram sucesso completo em sua missão em maio de 2011. Em março de 2012, o Regimento de Artilharia Real da Grã-Bretanha encomendou a produção do equipamento.

Fonte: Gizmodo