(Fonte da imagem: Reprodução/Intel)
Reuters. Por Paul Sandle - A ARM afirmou que sua rival Intel fez estreia respeitável nos celulares inteligentes, mas que a tecnologia superior da companhia britânica de projeto de chips e as dimensões de sua rede de parceiros significam que ela se manterá dominante nesse aquecido setor.
Quase todos os celulares inteligentes e tablets, entre os quais os Apple iPhone e iPad e o Samsung Galaxy 3, utilizam processadores baseados na tecnologia da ARM, que propicia baixo consumo de energia.
A Intel, de sua parte, domina o mercado de computadores, ajudada consideravelmente pelo fato de que a Microsoft baseia o sistema operacional Windows em sua arquitetura x86, mas seus chips não conseguiram conquistar avanços no mercado móvel, para o qual a duração de baterias é essencial.
A companhia norte-americana espera que isso mude com o recente lançamento de celulares equipados com seu processador Atom na China, Índia e, uma semana atrás, na Europa, com apoio da operadora de telefonia móvel Orange.
Warren East, presidente-executivo da ARM, disse que os celulares da Intel ainda estão uma ou duas gerações atrás dos mais recentes celulares inteligentes equipados com chips ARM. "Eu usei o celular (indiano) e é um ótimo aparelho", disse East no Reuters Media and Technology Summit. "É bem comparável ao Apple 3G (lançado em 2008) em termos de velocidade de navegação, facilidade de uso da interface e assim por diante", disse.
Mas ele não vê a Intel como "grande ameaça".
"Nós temos dito que a Intel deve ganhar algum espaço no mercado de celulares inteligentes", ele afirmou em Londres.
"Mas acreditamos que não será muito grande porque ela será uma entre 20 empresas atendendo a essa mercado, e as demais têm a vantagem de usar a arquitetura ARM, e os últimos 10 a 15 anos foram dedicados a construir um forte ecossistema em torno dessa arquitetura", afirmou.
Ele disse que a Intel estava recuperando o atraso em termos de uso eficiente de energia em seus processadores, mas que o mundo da ARM havia continuado a avançar.
East declarou que a ARM trabalhava com a suposição de que a Intel conquistará 10 por cento do mercado de processadores para celulares inteligentes em dois a quatro anos. "Dentro de alguns anos a participação se estabilizará em dado patamar, mas não acreditamos que cresça mais que isso", disse.
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