O Waze é um app colaborativo que oferece informações sobre o trânsito. A rede conta com a ajuda dos próprios usuários, que contribuem para o fornecimento dos dados, que incluem acidentes de trânsito, congestionamentos e até mesmo o posicionamento de patrulhas, blitz e viaturas de trânsito.
E é justamente esse recurso que está preocupando alguns policiais dos Estados Unidos: como o programa mostra a localização deles, alguns acreditam que isso pode incentivar criminosos a perseguirem as viaturas e até mesmo atentarem contra a vida dos oficiais.
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Seria uma questão de tempo?
Não há nenhuma ocorrência registrada de uso do Waze em ataques contra policiais, mas o chefe de polícia Charlie Beck, de Los Angeles, relaciona o assassinato de dois oficiais em 20 de dezembro do ano passado a um usuário do aplicativo, que postou em sua conta no Instagram telas do app de trânsito com frases de ameaça a policiais.
As investigações sobre o ocorrido não comprovam a relação entre o uso do Waze e o crime em si, uma vez que o atirador descartou seu celular mais de 3 km antes do local dos disparos que vitimaram os homens da lei.
Segundo o xerife Mike Brown, da cidade de Bedford County, Virginia, é apenas uma questão de tempo até que a ferramenta que auxilia motoristas a enfrentarem o tráfego seja usada como arma para caçar e agredir policiais.
Mudança não deve ocorrer
Julie Mossler, porta-voz do Waze, afirmou que a companhia leva muito a sério as questões de segurança e que trabalha junto com departamentos de polícia pelo mundo todo através do compartilhamento de informações.
“Esses relacionamentos mantêm os cidadãos seguros, promovem respostas mais rápidas a emergências e ajudam a aliviar congestionamentos”, disse Mossler.
É improvável que a função seja removida do aplicativo, uma vez que o compartilhamento de informações pode ser feito de outras formas, portanto a medida dificilmente se converteria em uma grande melhora na segurança dos policiais.
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