Sabe quando o tiro sai pela culatra? Pois é o que está acontecendo com o FaceApp, disponível para Android e iOS . Usuários estão criticando o aplicativo nas redes sociais, acusando-o de racismo. O motivo? Ao usar inteligência artificial para transformar o rosto dos usuários em suas selfies, o app promete tornar seu sorriso mais bonito, mostrar como a pessoa será quando envelhecer ou deixar as fotos mais atraentes com apenas um toque na tela.
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Contudo, a ferramenta que serve para "embelezar" o usuário também altera sua cor de pele para tons mais claros — sugerindo que peles mais escuras não sejam tão atraentes quanto as que pendem para o tom de branco.
Faceapp teaches us: White is hot. #faceapp #racism pic.twitter.com/V7Vgzq67U0
— Matti Hernesaho (@hernesaho) April 23, 2017
Além do branqueamento na cor da pele, alguns usuários repararam que o filtro "embelezador" afina os traços do rosto, como queixo e nariz, como se somente os traços europeus fossem considerados bonitos.
#faceapp isn't' just bad it's also racist...?? filter=bleach my skin and make my nose your opinion of European. No thanks #uninstalled pic.twitter.com/DM6fMgUhr5
— Terrance AB Johnson (@tweeterrance) April 19, 2017
Após as denúncias, o site Mashable entrou em contato com o CEO do FaceApp, Yaroslav Goncharov, que rapidamente emitiu um pedido público de desculpas. "Lamentamos profundamente por essa questão inquestionavelmente séria", disse o executivo, explicando que o filtro branqueador é um "infeliz efeito colateral da rede neural", fazendo questão de dizer que esse comportamento não era o pretendido quando o app foi desenvolvido.
#faceapp is super racist. This is their "spark" aka "hot" filter. pic.twitter.com/LzkZT6aWwq
— Maureen Rose (@mo_hegs) April 25, 2017
O CEO disse, ainda, que foi liberada uma atualização para o aplicativo alterando o nome do efeito "embelezador" para desassociar o conceito de beleza ao clareamento da pele. Além disso, a empresa promete consertar o defeito em breve.
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