Malware "Flashback" é considerado uma das maiores invasões a computadores da Apple. (Fonte da imagem: iStock)
Reuters. Por Edwin Chan - O setor de segurança na computação criticou seriamente a Apple, na quarta-feira, alegando que a empresa havia demorado a erradicar um programa nocivo que segundo os especialistas pode ter infectado até 600 mil computadores Macintosh, e poderia ser utilizado para obter informações confidenciais dos usuários.
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A fabricante de bens eletrônicos de consumo anunciou que está trabalhando para encontrar e eliminar o malware "Flashback", que explora um ponto fraco no software Java, da Oracle. A Apple já ofereceu atualizações que corrigem o problema e agora está desenvolvendo software para detectar e eliminar o Flashback, anunciou a empresa em seu site. A companhia se recusou a oferecer mais informações.
Mas a Apple está sendo criticada por não ter resolvido o problema rapidamente, ainda que a Oracle tenha colocado uma atualização que corrige o problema à disposição dos usuários em fevereiro. Diversos blogs de segurança na computação acusaram a Apple de não ter sido franca quanto a questões de segurança no passado, mas elogiaram a companhia por estar se esforçando para corrigir o problema agora.
"Alguém da Apple resolveu abrir a boca depois das recentes revelações sobre a existência de uma botnet Jolly Big OS X", escreveu Paul Ducklin, do grupo de segurança na computação Sophos. "A Apple, aparentemente pela primeira vez, falou sobre um problema de segurança antes que tivesse definido completamente sua estratégia de resposta".
Cavalos de Troia e outras formas de malware tipicamente afetam o Windows, sistema operacional da Microsoft que há muito domina o mercado de computadores. O Flashback se destaca por ser uma das maiores invasões a computadores da Apple, que vêm ganhando terreno diante do Windows.
A produtora de software antivírus Symantec informou que o malware surgiu na metade do ano passado. A companhia estima que o número de computadores infectados, que os hackers conectam em botnets para ganhar acesso a informações privadas, havia caído a 270 mil, na semana passada.