Conforme apurado pelo site The Intercept, o popular aplicativo de trocas de mensagens iMessage armazena certos metadados em servidores que podem ser posteriormente recuperados. Sempre que uma mensagem é enviada por meio do aplicativo, os servidores da Apple são acionados para verificar se o destinatário também está utilizando o iMessage, e é nesse momento que algumas informações são coletadas.
O estudo explica que são salvos durante 30 dias os endereços IP dos participantes do chat, os números de telefone e também a data e a hora em que as mensagens foram trocadas. Tudo indica que o conteúdo das conversas é criptografado e não está disponível. Portanto, o log da Apple pode provar que duas pessoas trocaram mensagens em certos horários, mas não revelar o conteúdo da comunicação.
Esses metadados coletados no iMessage ficam disponíveis por até 30 dias e podem ser requisitados pela polícia por meio de ordem judicial. “Quando uma autoridade nos apresenta uma intimação ou ordem judicial válida, nós fornecemos a informação solicitada se ele está em nossa posse. O iMessage é criptografado end-to-end, não temos acesso ao conteúdo das comunicações”, explica a Apple.
Cabe lembrar que a Maçã já se envolveu em uma disputa com o FBI por se recusar a desbloquear o iPhone de Syed Rizwan, atirador do atentado de San Bernardino que deixou 14 mortos e 23 feridos à bala. Na época, as autoridades estadunidenses foram capazes de burlar a segurança do iPhone 5c do terrorista sem a ajuda da Apple.
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