Não adianta – mesmo com uma ordem judicial pesando nas suas costas, o presidente da Apple, Tim Cook, não parece sequer cogitar uma parceria com a Agência Federal de Investigação (FBI) para criar um backdoor no iOS. Através de uma carta enviada para todos os seus funcionários, o executivo reafirmou sua posição nesse caso polêmico e agradeceu o apoio de todos os empregados que também estão lutando contra a pressão das autoridades.
Na carta, Cook encoraja um debate público entre a agência e especialistas em tecnologia e privacidade, deixando bem claro que não possui simpatia alguma com os terroristas e que sente mal ao ser obrigado a lutar contra as autoridades. “A Apple é uma empresa legitimamente americana. Não parece certo estarmos do lado oposto do governo em um caso centrado nos direitos e liberdades que ele deveria proteger”.
Além disso, o CEO acaba de publicar uma página no site oficial da Apple, onde os clientes da marca podem ler um FAQ e se informar melhor a respeito do assunto. No texto, a empresa ressalta que essa não é a primeira vez que recebe um pedido do tipo por parte de agências de segurança – tendo até mesmo uma equipe dedicada a responder tais inquéritos –, mas que jamais desbloqueou um iPhone para ajudar em uma investigação.
Entenda o caso
Vale a pena resumir o caso para quem não está a par das últimas notícias. Recentemente, o FBI pediu para que a Apple pediu desenvolvesse um backdoor no iOS para que a agência pudesse hackear o iPhone 5c de Syed Farook, um dos responsáveis pelo ataque terrorista ocorrido em San Bernardino no dia 2 de dezembro de 2015.
A companhia prontamente recusou o pedido, argumentando que desenvolver algo do tipo poderia ameaçar a segurança de todos os seus consumidores. “Nós acreditamos que a única forma de garantir que não haja abuso de uma ferramenta tão poderosa ou que ela caia nas mãos erradas é não desenvolvê-la”, explica a Apple.
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