A briga da Apple (e agora da Google) contra o FBI ganhou mais um capítulo. As autoridades pediram à Apple o desenvolvimento um backdoor para que fosse possível acessar os dados do iPhone 5C de um dos terroristas envolvidos em um tiroteio na cidade de San Bernardino. A empresa se recusou a fazer isso e, em resposta recente, ainda colocou a culpa na agência.
Segundo um porta-voz da Apple, algum oficial modificou a senha do Apple ID do iPhone suspeito 24 horas depois que o smartphone foi recuperado pelas autoridades. Se isso não tivesse acontecido, o backup automático de informações que o governo precisa provavelmente teria sido feito no iCloud — algo de fácil acesso para os policiais e com possíveis informações importantes.
A Apple ainda alegou que está desde janeiro de 2016 conversando com o governo sobre como ajudar em investigações sem o uso de um backdoor. Um dos métodos possíveis para recuperar dados de um iPhone apreendido é fazer ele logar novamente em uma rede de WiFi conhecida, como a casa do suspeito em questão. Não se sabe se a tal troca da senha realmente foi o que impediu os backups automáticos, mas o argumento da empresa deve ser defendido por ela até o fim da discussão.
Se um ganhar, todos vão querer
Na mesma entrevista coletiva em que revelou a informação da senha, o porta-voz da Apple citou que um efeito dominó seria criado se a empresa colaborasse com o governo dos EUA. Isso significa que outros países também pediriam o desbloqueio de smartphones em casos de investigação — é sabido que a China já fez solicitações parecidas, porém menos intensas que as do FBI.
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